quinta-feira, 7 de agosto de 2008

I Want to Believe



Por um acaso feliz, tive ontem a oportunidade de assistir à ante-estreia dos X-Files 2.
Tendo adquirido, recentemente, a primeira caixa de DVD da série original e revisto alguns episódios que, por já não me recordar, saboreei como se fossem inéditos, confesso que tinha algumas expectativas. Afortunadamente, não me desiludi.
A primeira característica que sobressai é o facto de o envelhecimento físico dos actores (já passaram cerca de 15 anos desde os primórdios da série), que se traduz, inevitavelmente, na imagem das personagens, ter sido acompanhado por um certo amadurecimento psicológico das mesmas. Neste momento, Mulder e Scully, desligados do FBI, têm vidas diferentes, comuns, mas um cansaço, provavelmente advindo da sua vivência anterior, evidencia-se por detrás das rugas que ostentam.
A outra característica mais relevante prende-se com o tipo de audiência que a película quer atingir. É, por contraponto à série, um filme mais duro, crú (às vezes, visceral até) e, definitivamente, mais negro.
Em termos de história, é fiel às suas origens. Não é fácil inovar neste tipo de temática, quando se tem uma tão grande carga de episódios às costas, mas, mesmo assim, consegue surpreender. Sem levantar, minimamente, o pano, posso garantir que não existe qualquer alusão a extraterrestres. Tudo gira à volta de uma agente desaparecida, um padre psíquico e um pedido de auxílio enviado ao "spooky" Mulder, por parte de um FBI, previsivelmente, mal preparado para lidar com o que se vai sucedendo.
As interpretações são boas, principalmente, a de Gillian Anderson que se vai demarcando da de David Duchovny, bem mais do que acontecia na série.

Se vos despertou algum interesse, só posso recomendá-lo. Não será, com certeza, candidato aos Óscares, mas a atribuição de um prémio, felizmente, não faz um bom filme.



Nota: não saiam da sala antes do final dos créditos - ainda há algo mais a ver.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom filme.

Gostei muito da evolução das personagens - maior maturidade, mais emotividade.

Bom filme.