sábado, 31 de maio de 2008

Nexos Temporais ou 42?

Acabei de chegar de um hipermercado onde entrei às 16h e gastei, sem dúvida, uns bons 40 minutos. Quando saí, eram 19h.
O que se passou durante essas 2 horas e 20 minutos nunca ninguém vai poder dizer com certeza...

Digam lá se os pitorescos fusos horários das grandes superfícies comerciais não podiam, facilmente, ser um tópico na imortal saga de Douglas Adams!

Ora lá está, o nome diz tudo!

Estou contra as pessoas que dizem que desperdiçaram dinheiro ao ir ver o concerto da Amy Winehouse no Rock in Rio.

Comédia da boa vale sempre bom dinheiro e por vezes é difícil de encontrar...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Alter Ego # 1


Ilustração de Sandman: desenho a lápis e tinta de Rui Junqueira.

Desabafos

Este dia, que deveria celebrar a tua existência, torna a tua ausência ainda menos suportável.

(Parabéns, M.)

Pensamento do dia

"É preciso desmistificar as fezes."

(Declaração de um ex-professor, durante o julgamento dos estudantes universitários que praxaram uma caloira com excrementos.)

A isto é que se pode chamar uma declaração de m#rda...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

As exigências dos artistas do Rock in Rio Lisboa, 2008 (ou Deves ter a mania, deves...)

Faltam poucos dias para o início de mais um festival Rock in Rio Lisboa. Começam a chegar os vários artistas, uns mais armados em vedetas do que outros. Dêem lá uma vista de olhos à lista dos pedidos de alguns dos participantes:

Amy Winehouse:
- Especifica a marca dos vinhos e o ano da colheita
- Canecas de porcelana chinesa

Metallica:
- Só querem produtos orgânicos
- Dois bifes crus
- A comida não pode ser confeccionada com álcool
- Querem 12 garrafas de «boa cerveja portuguesa»
- Trazem dois chefes de cozinha

Tokio Hotel:
- Um camarim próximo do palco, mas não na área de camarins
- Muitos doces: bolos, chocolates, bombons e gomas com a forma de ursinhos

Lenny Kravitz:
- Contentores para separação de lixo no camarim, palco e backstage
- Seis a oito ementas de restaurantes portugueses que estejam abertos durante a madrugada, para encomendar comida


Bon Jovi:
- Canja de galinha
- Comida sem glúten

Joss Stone:
- Comida vegetariana

Rod Stewart:
- 24 Bolas de futebol
- 100 Toalhas
- Duas Limusines
- Um secador de cabelo

Skank:
- Cerveja Sagres
- Um pacote de pastilhas


Ivete Sangalo:
- Toalhas pretas, que têm obrigatoriamente de ser novas
- 130 Brigadeiros
- 100 Peças de sashimi

Alejandro Sanz:
- Camarim com casa de banho privada no interior

Orishas:
- Toalhas de mão pretas
- Águas Evian e Perrier
- Uma garrafa de Rum Havana Club com 7 anos


Moonspell:
- Latas de atum
- Uma refeição quente que seja nutritiva, completa e energética

Apocalyptica:
- Não pode existir nada nos camarins que contenha nozes (um dos membros da banda é alérgico)
- Não querem comida cozinhada com manteiga, só com azeite


Machine Head:
- Toda a comida deve ser orgânica
- Não querem água da marca francesa Evian (é a marca pedida pela maioria dos artistas)
- Não querem doces nos camarins


Kaiser Chiefs:
- Água vulcânica Figi
- Garrafas de bebidas brancas em miniatura


Muse:
- Não querem nada de plástico no camarim
- Duas escovas de dentes e uma pasta de dentes
- Ingredientes crus para cozinharem no próprio camarim

The Offspring:
- 60 chávenas
- Um souvenir local
- Uma bebida tipicamente portuguesa

Linkin Park:
- Proibem o fumo na área de camarins e backstage
- Não pedem bebidas alcoólicas

terça-feira, 27 de maio de 2008

Operação Stop and Go

Há uns dias atrás, eu e o Curufinwë fomos mandados parar numa vulgar Operação Stop. Foi num Domingo à noite, depois do jogo da Final da Taça de Portugal entre o Sporting e o Porto. Foi tudo muito giro e tal, os seus documentos, os documentos da viatura, etc, etc... Não se pode dizer que não estivéssemos um poucochito, vá lá, nervosos. Mas fiquei surpreendida por ver que o Sr. Agente (parece que é assim que se deve dizer) ainda estava mais intimidado do que nós! Quando respondíamos às perguntas que fazia, dizia sempre que não havia problema nenhum, que era só para confirmar, como se estivesse a pedir desculpa pelo incómodo que nos estava a causar... Que prevaricadores tão fraquinhos que nós somos!

Mas devo dizer uma coisa! Fiquei extremamente desiludida com a situação. Não nos pediu para ver o triângulo, nem para ver os coletes, nem o que tínhamos na mala... Tudo bem, não vou dizer que tenha sido uma falha extremamente grave, mas bolas, é que ele não desconfiou nem um bocadinho... Temos assim um ar tão bem-comportadinho?
Mas o que me deixou mais frustrada foi o seguinte: tínhamos uma criança no banco de trás e pediram-nos para ver a cadeira? Não. Tinha acabado de haver um jogo para a Taça, tínhamos saído da VCI e pediram-nos para soprar o balão? Não.

Isto para mim foi "the ultimate test”. É verdade, somos uns geeks e nem a polícia tem dúvidas disso. Bem podíamos ter andado nas caipirinhas, podíamos ter a Maddie no banco de trás, podíamos ter a mala do carro cheia de material contrafeito ou com um gajo cortado às postas... Era indiferente. Porque parecemos uns geeks bem-comportados e, meus amigos, contra isso não há nada a fazer. Deve ser genético e por muito que se tente nunca ninguém vai achar que somos capazes de infringir a lei. Enfim... Se alguém precisar de alguém com cara de quem não faz mal a uma mosca para fazer um servicito menos limpo, é só vir cá à pensão. Mas queremos uma percentagem...

Discos Pedidos # 4

É só mais uma...


"Oxford Comma", Vampire Weekend

Discos Pedidos # 3

Porque estes tipos são uns porreiraços, pá!


“A-Punk”, Vampire Weekend

Videoclip frenético realizado pela dupla Hammer & Tongs (pseudónimo do realizador Garth Jennings e do produtor Nick Goldsmith, responsáveis por vários vídeos famosos como "Jigsaw Falling Into Place" dos Radiohead, “And I Was a Boy From School" dos Hot Chip, “Lost Cause: Version 2" de Beck, etc, etc, etc, e pela realização do excelente filme The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy, baseado no livro de Douglas Adams).

quarta-feira, 21 de maio de 2008

"Puxar a brasa à minha sardinha"

Depois de conseguir usar esta maravilhosa frase como título de um post, a partir de agora vou adicionar este link ao meu CV.

domingo, 18 de maio de 2008

play.com


Porque este não é um blogue com intuito comercial, nem temos quaisquer rendimentos advindos de publicidade, podemos descomprometidamente publicitar o que quer que seja. O que nos leva ao play.com.
O sítio a que me refiro é uma loja online, do Reino Unido, onde podem encontrar desde uma enorme abundância de DVD, até uma (mais escassa) selecção de roupa, passando, entretanto, por CD, Jogos, Livros, Bonecos e, até mesmo, Gadgets.
Mas, para além da diversidade, o fundamental são as condições:

- sem portes de envio;
- prazo de entrega de, mais ou menos, uma semana, à vossa porta;
- e, por último, mas mais importante que tudo o resto, os preços são rídiculos, mesmo para os salários portugueses (até as novidades custam cerca de 3 a 6 euros menos).

Se fizerem umas pesquisas rápidas, deparam-se, por exemplo, com séries completas, mais baratas que um filme em promoção aqui, no nosso país. E, como se não bastasse, 30% dos DVD estão legendados em português (claro que, se dominarem o inglês, este aspecto é irrelevante).
Por isso, recomendo plenamente uma visita à sua página, sem pudores, até porque sou um cliente, até à data, extremamente satisfeito.

sábado, 17 de maio de 2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Iron Man kicks ass!


Fui ontem ver essa “pérola” das adaptações da 9.ª Arte, que é o Iron Man.
Não sendo, inicialmente, uma das minhas personagens favoritas, sempre nutri um (não-exclusivo) carinho especial pelo “Homem-de-Ferro” (como eu o conheço), por pertencer àquele punhado de super-heróis que me viram crescer. Com o passar dos anos, com a maturidade que, felizmente, a Marvel lhe incutiu e, eventualmente, (não tenho bem a certeza desta parte...) o meu próprio amadurecimento, foi, gradualmente, tornando-se-me bem mais caro que os demais.
De forma sucinta, no que diz respeito à BD, fazendo a sua 1.ª aparição em 1963, na Tales of Suspense, pela mão dos seus criadores Stan Lee, Larry Lieber, Don Heck e Jack Kirby, Anthony Stark começa por ser um génio científico (rivalizando com Reed Richards, o Senhor Fantástico) que, numa situação de clausura e ferido mortalmente, cria uma máquina (leia-se “armadura”) com o intuito único de o manter fisicamente estacionário, até poder ser submetido a uma intervenção cirúrgica. Essa armadura acaba por se tornar o instrumento da sua fuga, revelando, assim, um potencial insuspeito para Tony. Sempre na linha da frente relativamente aos avanços tecnológicos, os rendimentos das Indústrias Stark acabam por alimentar o dispendioso e irresponsável estilo de vida de um já curado playboy Tony Stark. Mas, secretamente, a sua maior criação, a armadura, nunca caiu no esquecimento, sendo, continuamente, aprimorada e apresentando várias versões ao longo dos tempos. O Homem-de-Ferro transforma-se num herói, fazendo parte, mais tarde, dos Vingadores (Avengers, para os mais miúdos!).
O que o arranca, no entanto, para mim, à sua bidimensionalidade são a actual verosimilhança do seu fato, os seus problemas de alcoolismo (algo pouco comum nos comics convencionais), o revelar da sua identidade ao mundo (juntamente com o Homem-Aranha), como consequência da saga Civil War, a posição desconfortável, paradoxal e antagónica que assume perante o Capitão América e a sua facção de super-heróis, durante o decurso dessa mesma Civil War e que inspirará o assassinato deste último por um sniper, e, finalmente, a sua substituição de um desaparecido Nick Fury como director da agência mundial de defesa S.H.I.E.L.D..
No filme (sem revelar o que quer que seja) encontra-se o que de melhor há na BD. Uma óptima escolha de actores e respectivas interpretações (das quais a de Robert Downey, Jr. é brilhante), acção na medida certa, umas ligeiras pinceladas humorísticas, um (inesperado) realismo, alguma tridimensionalidade psicológica, CGI em porções plenas de bom gosto, uma história simples, mas coesa, que conta as origens do herói sem “massacrar” o veterano conhecedor da personagem, e (terrivelmente importante!) uma armadura (mesmo estando no domínio da fantasia) totalmente credível e funcional, é o que podem esperar de Iron Man, tudo doseado e temperado sem excessos e com a mestria de um verdadeiro chef.
Tinha algumas expectativas e entrei com uma boa disposição no cinema, mas, apesar disso, fui surpreendido positivamente. Dos filmes baseados em banda desenhada, está ao nível de Spiderman (1 e 2, somente) ou Batman Begins.
Espero que Hellboy 2 e The Dark Knight Returns me mereçam, mais tarde, uma crítica favorável aqui, mas, para já, os meus 4 euros foram extremamente bem gastos!

Nota: mais uma vez Stan Lee está lá – tentem descobri-lo!

Ilustrações de Iron Man: Adi Granov.

terça-feira, 13 de maio de 2008

E já que estamos numa de religião...

Já muita gente viu o vídeo do Sr. Cruise aos saltos no sofá da Oprah. Muita alegria, muita excitação. Mas ele não pára de nos surpreender. É possível encontrar no YouTube uma entrevista onde o Tom nos fala sobre ser um Scientologist. Peço que percam uns 10 minutinhos do vosso atarefado quotidiano para saber um pouco mais. Vamos todos aprender com o Mestre Tom:



Recapitulando:
Ele há gente que é "espectador" e o nosso amigo Tom não tem tempo para eles. Até já os cancelou na sua proximidade. Pergunto-me o que isto significará para a carreira cinematográfica dele.

Ok, ele ajuda, ele faz, tipo, coisas e faz como sempre fez tudo. Esclarecedor. E é divertido. Pelo menos para ele, já que não pára de rir. Se calhar isto foi gravado em Amsterdão.

Aqui e ali ele cria novas e melhores realidades. E pára na auto-estrada, quando vê um acidente, porque sabe que é o único que pode ajudar. Põe ética na malta, assim à bruta, sem hesitar! Isto de ser autoridade tem destas coisas. Um gajo não pode ser meiguinho, nisto de trazer felicidade às massas.

E nada de fugir de SPs, ele enfrenta os PTS/SPs e aplica a "shatter supression" e pimba! Já está. Fantástico! Nas suas próprias palavras, é assim "vooooshhh..."! É pena que os criadores do vídeo sejam modestos, porque apenas mencionam que o Tom já deu a conhecer a LOH Technology a cerca de 1 Bilião de pessoas, no planeta Terra. Gostava de saber com quantos mais ele partilhou isto noutras galáxias. Talvez numa próxima entrevista....

E é incrível, como ele ainda arranja tempo para fazer estes filmes todos!
1. Hardy Men (2009)
2. Men (2008)
3. Valkyrie (2009)
4. Tropic Thunder (2008)
5. Lions for Lambs (2007)
6. Mission: Impossible III (2006)
7. War of the Worlds (2005)
8. Collateral (2004)
9. The Last Samurai (2003)
10. Minority Report (2002)
11. Vanilla Sky (2001)
12. Mission: Impossible II (2000)
13. Magnolia (1999)
14. Eyes Wide Shut (1999)

(fonte: IMDB)

Fátima é, alegadamente, uma grande farsa

Hoje, dia 13 de Maio, comemora-se mais um aniversário das alegadas aparições de Fátima. Alegadas porque, para quem não acredita, como eu, em semelhante fantochada, é difícil ouvir, ano após ano, por parte da comunicação social (que tem, claro, um papel importante na formação de mentalidades), a referência às aparições, com tal verdade, que até parece haver provas cabais de que tal fenómeno tenha acontecido. E fazem-no com uma displicência, capaz de fazer corar qualquer estagiário de Jornalismo.
As alegadas aparições que ocorreram em Fátima são, para mim e não só, uma das farsas mais bem montadas da (e pela) Igreja Católica. É impressionante como, mais de 90 anos depois, em pleno século XXI, com o advento da (nano)tecnologia e com todos os avanços a nível científico, esta farsa continua a convencer e a mobilizar milhões de pessoas. Aqui, dou o braço a torcer, e reconheço o mérito de quem conseguiu fabricar tal encenação.
Eu não sou católica, mas cresci no meio de uma família católica (fui baptizada) que acredita piamente neste fenómeno. Ou seja, durante grande parte da minha vida, ouvi falar de Fátima com uma devoção admirável e de Lúcia com uma admiração inexplicável. Mas, por favor, não confundam catolicismo com estupidez (embora, às vezes...). Há muitos bons católicos que também não engolem esta história! Talvez o mais conhecido de todos seja Mário de Oliveira, (ex) padre que, não conformado com as mentiras que a Igreja Católica insiste em perpetuar, publicou já dois livros em que desmascara o fenómeno de Fátima.
Como se sabe, há várias teses que tentam explicar o que verdadeiramente aconteceu. E há teses para todos os gostos, que até envolvem explicações ovnilógicas. Mas como em tudo na vida, há que ter bom senso e ser racional. E tendo em conta a época em tudo isto, supostamente, se passou (1917), não é preciso ir muito longe para se perceber quais foram os ingredientes necessários para criar tal embuste. Ora vejamos:
- um regime republicano que pretendia a separação da Igreja e do Estado;
- um grupo de membros do clero, ressentidos com a perda de privilégios e de poder;
- um país a pedir paz e conforto espiritual após a 1.ª Guerra Mundial;
- um país com um povo analfabeto e na miséria;
- ideais comunistas à solta por alguns países europeus.

Era necessário portanto, um milagre. E foi isso que aconteceu! Pobres pastores, mal sabiam eles o que lhes estava guardado. Jacinta e Francisco morreram novos, mas Lúcia, que viveu muitos anos, foi uma verdadeira vítima deste teatro. È espantoso que a criança que supostamente teve o privilégio de ver Nossa Senhora, que à partida seria boa, virtuosa, tenha sido enclausurada para o resto da sua vida! Afinal, que perigo representava ela? Não poderia ela partilhar afinal a sua sabedoria com os restantes fiéis?

As peregrinações anuais ao santuário (que, ironicamente, quase todos os anos resultam em atropelamentos para alguns peregrinos... é curioso que estes católicos devotos, não usufruam de protecção divina, em tão abnegada jornada...), as promessas, as ofertas, enfim, toda esta promíscua troca de favores entre os desesperados crentes em aparições (mas descrentes no Homem, no progresso e na ciência) e a entidade divina e bondosa, que tudo perdoa, mas que aparentemente precisa de um subornozito para interceder, são a prova final da crendice e beatice de um povo que não acredita em si mesmo, nas suas capacidades e não se consegue superar.

Mas verdadeiramente criminosa é a atitude da Igreja, cúmplice de tudo isto. A Igreja, que se alimenta da fraqueza, da “fé”, do desespero de milhões de pessoas com problemas que, não tendo capacidade de se ajudarem a si próprias, recorrem a outros subterfúgios. E assim se alimenta um negócio de milhões, livre de impostos e muito útil para manter a ordem social. Deus agradece!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

And the Oscar goes to...

Ok, isto dos filmes tem muito que se lhe diga e é claro, como em tudo, os gostos variam muito. Mas de vez em quando aqui e ali encontra-se uma opinião que salta aos olhos da malta como sendo exagero.

Por acidente, encontrei este artigo no MSN.com:

http://movies.msn.com/movies/movie-guide-summer/worst-blockbusters?GT1=28117

É um artigo de opinião sobre alguns dos mais badalados filmes (ou com maior hype, antes de estrear) que depois se revelaram como maus filmes (flops comerciais, superficiais, pura e simplesmente maus, etc.) escrito por Sean Nelson, de Seattle. Nunca espero concordar com tudo neste tipo de artigos, derivado da óbvia subjectividade do tema mas, a meu ver, o artigo parece querer bater em tudo a torto e a direito. Sou fã de cinema de ficção científica e de acção, mas não engulo tudo e considero que tenho algum critério no que vejo e nas minhas opiniões. Por isso acho este artigo muito difícil de digerir, nomeadamente o que está escrito sobre os filmes do Homem-Aranha do Sam Raimi, os Star Wars (todos) e mais um ou outro mencionado no artigo (nomeadamente a suposição de que alguns filmes que estão prestes a estrear serão automaticamente maus).

Não admira que o Editor do MSN tenha acrescentado aquele disclaimer no fim do artigo!

Aqui ficam com alguns links para reviews escritos por Sean Nelson, que me deixaram a cuspir bílis:

- Hellboy (e uma visão geral sobre filmes de super-heróis - meu caro amigo Curufinwë vais adorar este!!!);

- Black Hawk Down;

- Bowling for Columbine;

- Apocalypse Now Redux.

Assim sendo, atribuo a este senhor o Oscar para o Maior Ressabiado Que Eu Li, Nos Ultimos Tempos.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Garden State

Esta semana vi Garden State, filme que há muito queria ver. Foi escrito e realizado por um tipo que muito aprecio, Zach Braff, que também o protagoniza. Alguns saberão quem ele é: quem tem bom gosto e é fã da série Scrubs, sabe que eu estou a falar do actor que interpreta o papel de J.D., Dr. Dorian. É um filme que aconselho, sem qualquer tipo de reservas e que mostra que Braff tem um grande futuro à sua frente. Em linhas gerais, a história é a seguinte: Andrew é um jovem empregado de mesa e actor ainda pouco conhecido, que vive um pouco adormecido devido à medicação que o seu pai e psiquiatra insiste em receitar-lhe. A morte da mãe obriga-o a regressar a casa após 9 anos de ausência e a vida dele jamais será a mesma. Andrew decide deixar de tomar as drogas receitadas pelo pai e começa finalmente a sentir e a viver verdadeiramente. Pelo caminho há o reencontro com velhos amigos e a descoberta de outros, como Sam (Natalie Portman), uma querida mentirosa compulsiva que o vai ajudar a ver a vida com outros olhos. Um filme muito bem conseguido e com vários momentos deliciosos. Um deles é quando Sam conhece Andrew e lhe dá ouvir The Shins (nomeadamente o tema “New Slang”), a melhor banda de música que há, assegurando-lhe que depois de a ouvir, a sua vida não será mais a mesma (é verdade, The Shins é muito bom e recomendo vivamente a todos, assim como recomendo a banda sonora deste filme). Um outro é uma conversa que Sam e Andrew têm numa piscina, na qual ele fala dos regressos a casa e da impossibilidade de se regressar verdadeiramente a casa, a partir do momento que a deixamos. E é essa cena que deixo aqui. (Em baixo, têm a transcrição).



"You know that point in your life when you realize that the house that you grew up in isn't really your home anymore? All of the sudden even though you have some place where you can put your stuff that idea of home is gone.
(...)
You'll see when you move out it just sort of happens one day one day and it's just gone. And you can never get it back. It's like you get homesick for a place that doesn't exist. I mean it's like this right of passage, you know. You won't have this feeling again until you create a new idea of home for yourself, you know, for you kids, for the family you start, it's like a cycle or something. I miss the idea of it. Maybe that's all family really is. A group of people who miss the same imaginary place."


E já agora, aproveito para deixar duas músicas dos The Shins: "New Slang" (através da qual Andrew conhece a banda) e "Phantom Limb", uma das que eu mais gosto (o vídeo da música é muito bom).

The Shins – “New Slang” (Oh, Inverted World)


The Shins – “Phantom Limb” (Wincing the Night Away)

Lenine e os Cominhos

Nunca entendi muito bem o porquê de alguns avisos e sobretudo o porquê de eles se referirem a determinados locais. Segue aqui um exemplo...

"Proibida a entrada a estranhos". (Geralmente visto na porta da cozinha de um qualquer restaurante deste país...)
Aliás... "Proíbida entrada a estranhos" (... com o indispensável "í")

Caramba! De que é que eles têm medo??? Que algum cliente se erga subita e resolutamente porque quer reinvidicar o seu direito de ir à cozinha lavar 92 quilos de loiça ou pôr mais alguns cominhos na mão de porco? Medo de algum Lenine dos coiratos que mobilize a classe engulidora e faça uma investida tipo a do Palácio de Inverno?

A ideia de ir a um restaurante comer uma refeição feita por outros é não termos de a... cozinhar! Certo?

... ou no caso de nós, homens, não sentirmos a obrigação de lavar os pratos no final, assumindo que estejamos na casa dos sogros. Certo?
Acreditem... Juro-vos que o último sítio onde eu quero entrar num restaurante é na cozinha!

... Aliás... vendo bem... o último sítio onde quero entrar num restaurante é na casa de banho, tendo em conta a costumeira higiene deste país de brandos costumes.
Ou seja... sempre que vou a uma casa de banho, interrogo-me sobre o tipo de higiene que existirá, ou não, no outro local sensível. E qual é? (Dou-vos 5 segundos)...

E ao fim de 2, vocês respondem:

!!!A COZINHA!!!!

Posso daí depreender que, uma vez que os clientes assumem que a cozinha poderá estar, no mínimo, tão má como a casa de banho, pensarão duas vezes em assumir que o verde das bifanas vem das ervas aromáticas e em reflectirem sobre se não valerá a pena ficar em casa da próxima vez.

Resumindo. O cartaz colocado na porta das cozinhas é destinado aos que já visitaram as casas de banho!

Mas não seria muito mais sensato terem colocado logo aí o dito cartaz?

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O Grande Deus Pã


Disponível desde Outubro do ano passado, pela mão da minha editora "fétiche", a Saída de Emergência, com uma peculiar tiragem limitada de 999 exemplares (não se preocupem, ainda está à venda!), encontra-se o livro O Grande Deus Pã, de Arthur Machen.

Sendo o seu nome de baptismo Arthur Llewelyn Jones, Machen (1863-1947) é um autor galês que atingiu o auge da carreira literária, na última década do século XIX, com a publicação de várias novelas daquilo que se pode considerar o "Fantástico Vitoriano".

Comparável a Ernst Theodor Amadeus Hoffmann no estilo, de laivos lovecraftianos na temática e, nitidamente, influenciado pelos precoces e frágeis avanços da Medicina no seu tempo (nomeadamente, as autópsias rudimentares e o primitivo estudo da fisiologia cerebral), as suas narrativas apresentam um tom ligeiro e ingénuo, mas curiosamente ousado, no que respeita ao entrelaçar da Ciência com o Oculto.

Referência até aos nossos dias, de cuja influência O Labirinto do Fauno (inspirado n' O Grande Deus Pã), de Guillermo del Toro, é o exemplo mais evidente, o final dos seus contos é sempre enigmático e obscuro, numa estética que, mais tarde, poderemos encontrar em marcos culturais como The Twilight Zone.

Recomendo, vivamente, a sua leitura para quem, como eu, é adepto deste tipo de imaginário.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pigeons from Hell


Já está a sair, pela Dark Horse, uma minissérie, em 4 números (da qual eu, estranhamente, nunca ouvi falar!), chamada Pigeons from Hell, baseada no conto do mesmo nome de Robert Ervin Howard.

Para quem não conhece, Howard (1906-1936) foi, na época da grande Depressão, um escritor pulp de (não só, mas principalmente) fantasia e terror, assíduo contribuinte (ao lado de nomes como H. P. Lovecraft) de revistas como a Weird Tales, criador do género a que hoje chamamos sword-and-sorcery e "pai" de personagens memoráveis como Conan, o Bárbaro ou Solomon Kane.

Mas voltando ao título deste post, adaptada por Joe R. Lansdale e desenhada por Nathan Fox, a história apresenta-nos uma casa de passado obscuro e perverso, situada bem no sul dos Estados Unidos, onde centenas de pombos podem ser vistos a sobrevoá-la, ao entardecer, criando, eventualmente, o boato de que os mesmos são as almas dos malditos, tentando escapar do Inferno.

Não sei muito mais, porque, como disse, nunca ouvi falar desta BD. Resta-me a certeza de que, sendo de R. E. Howard, só pode ser muito bom. Já não vou a tempo de encomendar os comics, mas o TPB, ninguém mo tira!

Ilustração de Conan: pintura de Joe Jusko sobre desenho de John Buscema.

terça-feira, 6 de maio de 2008

30 Years of Light

Pois é! Ontem, entrei oficialmente no clube dos 30. Sei que é estranho, mas era algo que esperava ansiosamente. Coisas de gaja!

domingo, 4 de maio de 2008

Por falar em "treilas"...

Aqui está um fantabulástico.

Muito simples:

Clicar neste link, colocar o cursorzinho do rato em cima da frase "View the Trailer" e pressionar o botão esquerdo do rato.

Nada mais fácil para entrar num mundo diferente. Lindo para uns, terrível para outros.

Ah, só mais uma coisa, se o puderem ver em alta definição vale bem a pena.