quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sketches de luxo!

Eu sou fã incondicional d'Os Contemporâneos. É óbvio que há sketches mais bem conseguidos do que outros, mas estes senhores conseguem fazer algo inesperado todas as semanas. Gosto muito do absurdo, do inusitado, mas principalmente do humor politicamente, socialmente, moralmente e religiosamente incorrecto. Já era tempo de alguém nos dar semanalmente doses de humor sem qualquer tipo de tabus. Deixo aqui os vídeos de dois sketches do passado domingo e que considero excelentes! Aliás, os momentos musicais e coreografados d'Os Contemporâneos são sempre brilhantes.


"O Costume para o Sr. Engenheiro" (I)


"O Costume para o Sr. Engenheiro" (II)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Quem canta assim...

Não há muitas palavras que possam descrever o grupo, a música e o vídeo... E as que existem, não me consigo lembrar delas agora. Prestem atenção aos pormenores todos e reparem no final do vídeo. É, hã, como dizer... estúpido!


Conjunto Típico Francisco Gouveia - "Português Americano"

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Eu gostei do The Dark Knight – e agora?

Então, é assim: fui ontem ver The Dark Knight (O Cavaleiro das Trevas) o tão aguardado filme deste Verão realizado por Christopher Nolan e com o argumento dele e do seu irmão Jonathan, tendo por base a personagem criada por Bob Kane. Fui vê-lo com dois gerentes cá da Pensão e quem ler os comentários do "post" colocado pelo horned_dog relativo ao "hype" em volta do filme, já terá uma ideia da opinião deles. A minha é um pouco diferente... (Em relação a isto, peço ao horned_dog que diga de sua justiça – assim que vir o filme, se é que ainda não o viu – o que achou daquelas cerca de duas horas e meia.)

Quero esclarecer duas coisas, antes de prosseguir:
1.ª como já perceberam, o que vou dizer reflecte única e exclusivamente a minha opinião – não se trata da opinião consensual do blogue;
2.ª é provável que durante o texto apareçam alguns "spoilers" (vou tentar não abusar), pelo que se há alguém que ainda não viu o filme, é melhor ter algum cuidado.

Eu gostei do filme. (Mais do que Batman Begins.) Não vou fazer comparações entre ele e o 1.º (nem o 2.º) de Tim Burton. Não vou por aí. São abordagens diferentes. (Além disso, dada a grande admiração que tenho por Tim Burton e pelo seu trabalho, dizer mal destes é, para mim, um sacrilégio.) Além disso, mesmo que considerasse este superior, não se pode negar que este só foi possível graças ao trabalho que já foi feito, à visão que ele já teve. O facto de Tim Burton ter realizado os primeiros da forma que o fez, condicionou, obviamente, tudo o que veio posteriormente – o bom (Nolan) e o mau (Schumacher).
Como já disse, gostei do filme. Gostei muito da interpretação dos actores (Heath Ledger é, verdadeiramente, brilhante; todos os outros muito bons; não achei brilhante Maggie Gyllenhaal – acho-a superior a Katie Holmes, mas faltou ali qualquer coisa...), gostei bastante da intriga em si (já li diversas vezes que em certas alturas lembra a trama policial de Heat de Michael Mann, mas quanto a isso não posso falar; ofereceram-me o filme a semana passada e ainda não o vi – eu sei, "shame on me"), gostei da fotografia (o filme está um pouco envolto num cinzento, é um pouco escuro, mesmo quando há luz, e mesmo as cores das roupas e pinturas do Joker são, apesar do colorido, um pouco sombrias) e gostei das chamadas cenas de acção (quanto a isto, não posso falar muito – não sou verdadeiramente fã de filmes de acção e não tenho grandes referências. Concordo com o Curufinwë que acha que algumas cenas são confusas, com constantes mudanças de plano, o que impede um acompanhamento das personagens. Mas acho que a perseguição que envolve o Joker a conduzir um camião e o Batman numa mota é muito boa. Opiniões...). Só por isto que enumerei, não tinha qualquer relutância em atribuir 8 pontos (em 10) ao filme.

Mas há lá coisas que acho mesmo interessantes e é por elas que acho que o Sr. Nolan fez um óptimo trabalho:
– o Batman está ligeiramente diferente neste filme: está mais agressivo, mais cínico, quase nunca sorri/ri, por vezes desiludido consigo e com o herói (?) que criou, ou seja, mais humano;
– a dualidade entre o Bem e o Mal, esse tema tão velhinho, tantas vezes revisitado e que continua a fazer todo o sentido hoje; Gary Oldman é extraordinário no papel de Jim Gordon, o polícia virtuoso disposto a fazer tudo o que pode para limpar o crime das ruas de Gotham. Um homem incorruptível, no qual é fisicamente visível o peso da virtude. Apesar dos esforços contínuos e da atenção permanente de Jim, vemos um homem com um ar cansado e às vezes prestes a desistir, fazendo transparecer a dificuldade em manter-se honesto em Gotham; e como contraponto a Jim Gordon quase tudo o resto (mostrando uma balança bastante desequilibrada e realista): a Máfia, os polícias corruptos e Harvey Dent que sucumbe no final;
– certos pormenores que considero bem explorados: 1.º – o facto de Rachel ter optado por Harvey e o filme ter fugido ao "cliché" típico da mocinha que fica com o herói, contra tudo e todos, o que revela um maior grau de maturidade da personagem; 2.º – o desfecho escolhido para Rachel, porque apesar de ser previsível a escolha que Batman fez (salvá-la), serviu para mostrar um pouco mais da mente do Joker (que deu uma informação errada); 3.º – a carta que Rachel escreve a Bruce, o facto de pedir a Alfred que a entregue no momento certo, momento esse que ele saberá quando chegar e o facto de Alfred nunca a entregar pois sabe que, dadas as circunstâncias, esse momento jamais chegará e sabe também que aquelas palavras teriam, obrigatoriamente, um papel crucial na destino de Bruce e também de Batman e, consequentemente, de Gotham; 4.º – Lucius Fox, o cientista que acompanhou Bruce desde o início, ajuda-o a desenvolver alguns "gadgets" que lhe serão muito úteis, mas decide afastar-se pois algumas das atitudes de Bruce comprometem os seus valores, o que revela a sua verticalidade moral; 5.º – a cena dos barcos: o facto de todos estarem revoltados e decididos a mandar o barco "rival" pelos ares (a ponto de quase lincharem os opositores), mas de nenhum ter a verdadeira coragem de rodar uma chave parece-me muito realista (marca bem a diferença entre falar e fazer);
– e claro, o Joker! Brilhante interpretação de Heath Ledger. É, sem dúvida, a figura do filme: as roupas desalinhadas e sujas, o andar e a postura desengonçados – até desajustados –, o cabelo atrapalhadamente repulsivo e os tiques, meu Deus, os tiques! O constante morder e molhar dos lábios, a língua nervosamente fora e dentro da boca, os olhos revirados que nem sempre focam o outro, o gaguejar oportuno e o riso desconcertante. É uma figura terrível porque como ele próprio diz é um "agent of chaos". E é isso que é assustador: até ele aparecer a cidade estava a ferro e fogo com a Máfia, mas é verdade que com a Máfia podia bem a polícia e Batman. São vilões com rosto, com objectivos definidos e com regras (as deles, mas regras). E então surge Joker. Como ele diz "this town deserves a better class of criminals", alguém que não esteja ocupado a elaborar esquemas, alguém que não siga as regras, alguém que não tenha por objectivo o poder e o dinheiro. Ou seja – ele! Ele é a verdadeira anarquia, o caos, é um terror que como não tem regras, é imprevisível. Não tem um código de ética como os restantes mafiosos (e isso vê-se quando dá indicações do paradeiro de Harvey e de Rachel) e é por isso que, a partir de certa altura no filme, a Máfia deixa de ser a maior preocupação da cidade. Para mim, é brilhante o facto de não recorrerem à típica psicologia de algibeira para explicar este Joker: nada de teorias freudianas envolvendo o pai ou teorias pseudo-românticas envolvendo desgostos amorosos. Apesar disto ser sugerido – e isto é que é interessante. Ele inventa estas duas possíveis desculpas em ocasiões diferentes e com isto mostra que não é o resultado do que lhe fizeram. Pode ser ou não... Ele simplesmente é assim. E deixa-nos a pensar que talvez pudéssemos ser nós. Como ele diz "what doesn´t kill you makes you...stranger". E esta?

Por isto que enumerei aqui daria um 9/10. Isto já daria uma média de 8.5... Este não é um dos filmes da minha vida. Mas é um dos melhores filmes baseado em "comics" que já vi. E não nos esqueçamos que é a essa categoria que ele pertence – apesar de nos fazer pensar em questões bem pertinentes. O Sarcaustico dava o exemplo de American Beauty e Iron Man como sendo bons filmes – concordo. E qual deles é melhor? Poder-se-á dizer sem qualquer dúvida que o 1.º é melhor que o 2.º? Ou são dois bons filmes cada um na sua categoria? Fala-se muito do valor do 1.º Terminator, do 1.º Aliens, de Star Wars... E realmente cada um deles tem a sua importância no mundo do cinema, revolucionou a categoria em que se insere. Mas e se os compararmos com o Citizen Kane ou O Padrinho ? Será justo? Não me parece... Eu gosto de Leonard Cohen, de Arcade Fire e de Muse. Posso dizer que Arcade Fire não é grande coisa comparados com Cohen... É justo?

Enfim, gostei do filme. E gostei da ambiguidade relativa ao final do Joker: alguém sabe verdadeiramente o que lhe aconteceu?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Tourada ou a abstracção dos números?

No dia 22, do mês Julho, no ano da graça de Nosso Senhor de 2008, durante a pausa laboral consagrada no Código do Trabalho, estávamos nós a roer umas tostas em frente ao “demónio televisivo”, onde, na TVI, era emitido o programa da manhã. Fracos de espírito como somos, sem uma vontade férrea que nos dotasse de energia para mudarmos de canal (facto a que a ausência de um comando nas imediações também não será alheia), lá fomos vegetando face ao ecrã, até, do habitual rodapé de estática comunicativa, sermos confrontados com a impossibilidade numérica que passamos a citar:

“Goucha, a tourada não tem lógica no século XXL.”

Ao invés de sucumbirmos a facilitismos e descartarmos esta construção linguística como paradigmática de uma (habitual) tacanhez colectiva, preferimos atribuí-la a um individualismo superior e tentarmos, humildemente, especular sobre as suas origens.
Que a aberração tauromáquica, na sua existência anómala, não tenha lógica, afigura-se-nos lógico e potencia a evidência de uma elevada acuidade ética. Que a exactidão matemática reflicta, subtilmente, uma relatividade cronológica, revela-se, de forma incisivamente polémica, como um paradoxo de abstracção conceptual.
Partindo desta premissa, avançaremos como única hipótese viável, neste momento, a possibilidade do sujeito emissor de tal mensagem ser um caminhante no tempo, ignorando, no entanto, qual o fluxo temporal que melhor se lhe adeque. Será ainda relevante questionar, embora se nos escape a resposta, quando teria sido emitida a dita comunicação e se, porventura, o seu autor seria vivo (ou mesmo nascido) aquando da recepção ou, simplesmente, deslocado entre as Eras.
Desta forma, somos conduzidos a uma conclusão, fundamentada na análise dos dados que pudemos apurar: dada a teórica evolução moral e tecnológica, alicerçada nos traços em observação, do sujeito em questão, a existência deste só poderá ser alienígena, em essência.

Estaremos, certamente, a lidar com algo no limiar da nossa realidade, absolutamente fora da nossa esfera de conhecimentos.
Não nos surpreenderia se na Praça da Alegria, da RTP1, nos fosse revelado que tudo o que temos como certo está errado...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O mestre Miyazaki está de volta!

O mais recente filme do mestre da animação japonesa Hayao Miyazaki (Princesa Mononoke, A Viagem de Chihiro, O Castelo Andante, entre muitos outros) estreou no Japão no último fim-de-semana. Chama-se Ponyo on the Cliff by the Sea. Espera-se que seja distribuído nos EUA lá para o final deste ano. Quando chega cá, ainda não se sabe. Por enquanto, temos o trailer. Está em japonês, mas isso não é entrave para que se possa apreciar a mais recente criação dos Estúdios Ghibli. Ora vejam lá!

Pensamento do dia # 4

"Antes de se terem lembrado que as mulheres podiam ir à tropa, comigo já elas marchavam todas."

Zézé Camarinha, macho latino (?) português

Novo trailer de The Spirit

Eu gosto...
Já se sabe que, visualmente, é bem diferente da BD de Will Eisner. Quanto à história, temos de esperar para ver. Esperemos que Frank Miller saiba o que está a fazer.
Para já...eu gosto...

domingo, 20 de julho de 2008

"Miss Finch"


Originalmente publicado sob a forma de conto, na premiada antologia de textos de Neil Gaiman, Smoke and Mirrors: Short Fictions and Illusions, The Facts in the Case of the Departure of Miss Finch vê agora a sua adaptação para banda desenhada pela mão do ilustrador Michael Zulli e de Todd Klein (que adaptou o argumento), publicada pela Dark Horse.

De forma muito sucinta, a história desenrola-se nos subterrâneos de Londres (alguém se lembra de Neverwhere?), onde um grupo circense, de nome "The Theater of Night's Dreaming" (e de The Sandman?), vai apresentando a sua exibição (cujas atracções são executadas, em grande parte, de forma pouco convincente) a um conjunto de espectadores, que vai sendo conduzido de galeria em galeria, consoante o espectáculo se vai desenrolando. No decurso de um dos números, "Miss Finch" (colocado entre aspas porque, como as personagens mencionam frequentemente, este não é o seu verdadeiro nome) desaparece - revelar o que quer que seja mais estraga o enredo.

Vários são os escritos de Gaiman transpostos para banda desenhada (não consigo esquecer o extraordinário Creatures of the Night, também ele ilustrado por Zulli). No entanto, não seria honesto dizer que esta história é fantástica. Não o é. Talvez a adaptação não fosse a mais correcta (a ilustração, por seu turno, não é o melhor que Zulli já fez), talvez a história fosse menos inspirada. Quem não conhece o autor, provavelmente, vai ficar satisfeito com o livro, por isso recomendo-o; quem conhece, poderia esperar um pouco mais.

Não posso terminar, no entanto, sem referir que Neil Gaiman é o meu autor de BD favorito e um dos escritores que mais respeito, pelo seu imaginário único. Mesmo que The Facts in the Case of the Departure of Miss Finch fosse o meu primeiro contacto com a sua obra, pelo abismo qualitativo que existe entre esta e as demais bandas desenhadas que por aí grassam, ficaria cativado.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Bota aí mais um...

Já que estou numa onda de cinema e comics, cá vai o trailer do novo filme de Zack Snyder (de "300") - "WATCHMEN" <--- clicar aqui!

Não posso tecer grandes comentários, mas visualmente parece-me uma delícia. Resta saber o tratamento que a magnífica graphic novel recebe, nesta transposição para o cinema...

Podem ver mais aqui.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

domingo, 13 de julho de 2008

Das Trevas...

Acho que nestes últimos anos nunca tive tantas expectativas para um filme como para "The Dark Knight", segundo filme de Christopher Nolan sobre um dos melhores heróis de Banda Desenhada de sempre, Batman. Fiquei extremamente agradado com o primeiro, "Batman Begins", e pelos vistos o Sr. Nolan prepara-se para subir a parada no segundo filme. Já conhecia a obra deste realizador, que nos deu "Memento" e a versão de Hollywood do thriller norueguês "Insomnia", mas com "Batman Begins" e "The Prestige", este senhor firmou definitivamente os seus créditos, no que respeita à minha opinião. De facto estabeleci uma ligação entre Nolan e David Fincher, que se tornaram dois dos meus favoritos realizadores, por dedicarem tanta atenção ao conteúdo como à forma e por terem uma queda para contar estórias com uma estética noir ou gritty.

Voltando ao filme, tudo o que vi e li até agora só me causou boas impressões. O que me assusta, porque assim a magnitude da desilusão, caso ocorra, só poderá ser maior do que o normal. Mas pronto, é difícil de evitar dada a presumida qualidade da produção do filme, bem como toda a atenção dada aos pormenores que rodeiam o marketing do filme. Um bom exemplo pode ser encontrado no site Why So Serious?.

Aí encontram um resumo de todas as denominadas "viral campaigns" de publicidade, que se estenderam desde sites de internet que tratavam acontecimentos do Batman mythos como verdadeiros, a organização de encontros de fãs e seguidores do herói e do vilão, acontecimentos como encomenda de bolos em pastelarias feitas pelo Joker e iluminação de prédios com o Bat-sinal. Tudo isto em várias cidades, por vezes em diferentes continentes.
Mais leitura sobre isto aqui.

Posteriormente, todos estes sites foram delapidados pelo vilão, incluindo o site oficial do filme, que agora se encontra coberto de rabiscos, com gargalhadas à mistura.

Imagem retirada do site oficial do filme "The Dark Knight"

É claro que a infelicidade que se abateu sobre Heath Ledger aumentou o hype já de si grande. Na verdade, isto cresceu tanto, que aparentemente muitos cinemas nos E.U.A. estão a planear exibições do filme no fim-de-semana de estreia para as 3h e 6h da manhã, para lidar com a enorme procura de bilhetes que se verificou até ao momento.

Dito isto, resta-me esperar até à estreia do filme e rezar para que o filme seja no mínimo tão bom como o primeiro (ah, e tentar arranjar maneira de o ver com o som original...).

sábado, 12 de julho de 2008

Discos Pedidos # 12


Antony and the Johnsons - "Hope There's Someone" (I'm a Bird Now)*

* Este 2.º álbum dos Antony and the Johnsons é uma pérola. E para além do talento destes é possível ouvir algumas músicas que contam com a colaboração de músicos como Rufus Wainwright, Lou Reed e Devendra Banhart.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Discos Pedidos # 11

A banda é tão boa e a música tão envolvente que tudo o que diga é pouco. Por isso, deixo aqui umas poucas palavras da autoria deles (que ganham outra dimensão na voz de Stuart Staples) em jeito de apresentação.

"I've got memories
I keep them away from me
They won't behave
Won't be what I want them to be"


E prestem atenção ao vídeo - é brilhante!


Tindersticks - "Dying slowly" (Can Our Love... )

Tenho de voltar a falar deste vídeo magnífico. É da autoria do Cosgrove Hall Animation Studios. Para quem não conhece, são um dos estúdios de animação mais importantes da Europa e têm no seu currículo a criação/produção de pérolas da animação como: Chorlton and the Wheelies (O País dos Rodinhas), DangerMouse, The Wind in the Willows (Vento nos Salgueiros), Count Duckula (Conde Patácula), Noddy (o mais antigo, antes do 3D), os episódios mais recentes do Postman Pat (O Carteiro Paulo) e Pocoyo. Abençoados sejam!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Quantum of Solace

Trailer oficial do novo 007.



Dinâmico e violento, como deve ser. Se tiver 2/3 da qualidade do filme anterior, já que parece haver uma certa continuidade, vai, com certeza, valer a pena.
Resta-nos esperar por Novembro.

Novas vagas para o Desemprego - 2011

De acordo com a notícia avançada pelo Público, este ano há mais 1505 vagas no Ensino Superior. São mais 1505 vagas que dão a possibilidade de garantir um lugar no desemprego em 2011. Faz já a tua inscrição!

Rock n' Roll Is Dead! 2

Embora o título deste post não tenha uma relação directa com o que aqui escrevo, remete para um outro que publiquei em Junho (os mais atentos recordar-se-ão; os "peixinhos vermelhos", no entanto, poderão socorrer-se desta cábula), em que a temática das t-shirts de "cariz literário" era abordada.
Ontem, mais uma vez numa das minhas arriscadas incursões pela rede de Transportes Públicos (haverá melhor fonte para elaboração de uma tese em "Escatologia Cerebral" ou "Raquitismo Comportamental"?), sou magneticamente arrastado para a "aparição" de um quarentão (com certeza, acabado de descer dos andaimes, há pouco mais de 15 minutos), trajando uma t-shirt que, à boa maneira do jogador de futebol, como se de identificação se tratasse, comunicava no dorso, com laivos publicitários, mas, ao mesmo tempo, dotada de um certo pudor censório, a seguinte ordem:

- 5UCK MY D1CK

Que o indivíduo pertencia à casta masculina, tenho 91,3% de certeza; se seria possuidor de genitália concordante com a sua condição, já é mais difícil de concluir. Assim sendo, assoma-se-me deveras pertinente e atencioso o serviço informativo prestado. Por um lado, assegura-nos pertencer, por preencher os requisitos mínimos, a esse selecto e restrito grupo denominado Clube Fálico, a quem devemos muita da proliferação do género humano. Por outro, disponibiliza, de forma implicitamente atenciosa, o livre usufruto do artigo em questão, numa demonstração de um altruísmo tal que, sendo todos bem-vindos, se esvaiem de sentido conceitos abstractos como credos ou culturas.

Concluindo, deixo-vos esta equação que resume, de forma incisiva, mas simples, a beleza do conceito poético do trajo:

Povo Analfabeto + Acordo Ortográfico - Tele-escola e Follow Me / Baixos Rendimentos e Acessos * Passado Glorioso = Receita para o Desastre

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Mentes Brilhantes – versão por extenso # 1

Deixo aqui algumas pérolas do conhecimento da autoria de vários alunos (não sei se todos portugueses). Foram retiradas deste sítio e o responsável pela sua publicação afirma que todas elas foram transcritas, tal como forma encontradas sem qualquer tipo de edição. É assustador, meus amigos! Assustador!

História
A História divide-se em 4: Antiga, Média, Moderna e Momentânea (esta, a dos nossos dias);
• O Hino Nacional Francês chama-se La Mayonèse;
• Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado;
• Entres os índios da América, destacam-se os aztecas, os incas, os pirineus, etc;
• No começo os índios eram muito atrazados mas com o tempo foram-se sifilizando;
• Com a morte de Jesus Cristo os apóstolos continuaram a sua carreira;
• Entre os povos orientais os casamentos eram feitos "no escuro" e os noivos só se conheciam na hora h.


Geografia
• O principal rio nos Estados Unidos é o Mininici;
• A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos;
• Na América Central há países como a República do Minicana;
• A Terra é um dos planetas mais conhecidos no mundo;
• As constelações servem para esclarecer a noite;
• As principais cidades da América do Norte são Argentina e Estados Unidos;

Ciências
• Ecologia é o estudo dos ecos, isto é, da ida e vinda dos sons;
• Solo é quando numa orquestra um dos músicos "capricha" sozinho e os outros ficam à escuta;
• Assexuada é a pessoa que não está nem do lado de cá nem do lado de lá;
• Trompa de Eustáquio é o instrumento musical de sopro, inventado pelo grande músico belga Eustáquio, de Bruxelas;
• Newton foi um grande ginecologista e obstetra europeu que regulamentou a lei da gravidez e estudou os ciclos de Ogino-Knaus;

Português
• Parêntesis é o grau da família que existe entre os pais e filhos, tios e sobrinhos, avós e netos, primos e primas, etc;
• Preposição, conforme diz a palavra pela sua própria entomologia, é aquela que é colocada antes da outra que é mais importante;
• Conjunção é a grafia que se usa quando se quer conjugar um verbo;
• Sujeito é a pessoa com quem a gente fala;
• Concordância é quando nós estamos de acordo com o que o outro disse.


Exames – 2.ª Fase
• A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo;
• Os ruminantes distinguem-se dos outros animais porque o que comem, comem duas vezes;
• O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia;
• A arquitectura gótica notabilizou-se por fazer edifícios verticais;
• A diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos escrevem romances e os realistas nos mostram como está a situação do país;
• As múmias tinham um profundo conhecimento de anatomia;
• Na Grécia a democracia funcionavam muito bem porque os que não estavam de acordo envenenavam-se;
• As plantas distinguem-se dos animais por só respirarem à noite;
• Os estuários e os deltas foram os primitivos habitantes da Mesopotâmia;
• A caixa de previdência assegura o direito à enfermidade colectiva;
• A respiração anaeróbica é a respiração sem ar que não deve passar de três minutos;
• Calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo;
• Antes de ser criada a Justiça, o mundo era injusto.


Exames nacionais do 9.º e do 12.º
• Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigénio;
• O nervo óptico transmite ideias luminosas ao cérebro;
• O vento é uma imensa quantidade de ar;
• Terramoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas;
• Os antigos egípcios desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor;
• Péricles foi o principal ditador da democracia grega;
• O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades;
• O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro de água;
• A principal função da raíz é enterrar-se;
• O sol dá-nos luz, calor e turistas;
• As aves têm na boca um dente chamado bico;
• A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem de realizar num metro da unidade de tempo, no sentido contrário.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Discos Pedidos #9 e #10

Duas belas músicas do álbum The Age of the Understatement do projecto paralelo, The Last Shadow Puppets, de Alex Turner (Arctic Monkeys) e Miles Kane (The Rascals).


The Last Shadow Puppets - "The Age of the Understatement"

The Last Shadow Puppets - "Standing Next to Me"

Clube Arcanum


Terminei de ler mais um título da Saída de Emergência, Clube Arcanum, de Thomas Wheeler.
Displicentemente catalogado pelo mundo editorial como thriller, daquela estirpe inaugurada por Dan Brown e o seu Código Da Vinci, aproxima-se muito mais do género fantástico (ou, até mesmo, do Terror) do que daquele, salvaguardando, no entanto, o já clássico, saturante e monótono motivo do "segredo apócrifo do passado (desta feita, o Livro de Enoque - profeta bisavô de Noé), revelado no presente, com terríveis consequências para o futuro".
Embora temática e estilisticamente não seja uma obra-prima, e muito menos obrigatória, vai, com certeza, agradar-vos e divertir-vos se, como eu, forem ávidos "consumidores" de leitura, já que, de outra forma, não vos enriquecerá cultural ou literariamente. Devo, não obstante, referir que o último quarto do livro imprime um tal ritmo à narrativa, que é difícil resistir a voltar uma e mais outra página, até ao seu desfecho.
No entanto, a razão por que deixo aqui este post prende-se, fundamentalmente, com dois pontos:

1.º - o facto das personagens principais terem sido reais - Sir Arthur Conan Doyle (criador de Sherlock Holmes), Harry Houdini (famoso escapista), H. P. Lovecraft (escritor pulp, de culto), Marie Laveau (Raínha Vudu, a qual, confesso, não conhecia) e, até mesmo, Aleister Crowley (do grupo ocultista "Aurora Dourada");

2.º - a sociedade secreta, da qual o livro extrai o seu título, remete, automaticamente, para duas das mais interessante e bem escritas bandas desenhadas, da última década - B.P.R.D. (Bureau for Paranormal Research and Defense), de Mike Mignola, e League of Extraordinary Gentlemen, de Alan Moore, ambos grupos de investigação e intervenção que lidam com eventos e indivíduos à margem daquilo que é, vulgarmente, considerado normal ou natural.

De qualquer forma, se não ficaram, minimamente, interessados com o pouco que vos revelo, é provável, que este não seja, compreensivelmente, o vosso género e, dificilmente, Clube Arcanum ficaria na vossa memória, mesmo que o lêssem.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

The Goon no cinema?

De acordo com informações do sítio oficial do The Goon, David Fincher vai adaptar para cinema, o herói da banda desenhada de culto com o mesmo nome, criada por Eric Powell.

Esta notícia será certamente do agrado do Curufinwë e terá mais desenvolvimentos por parte dele. Ele, melhor do que ninguém, sabe o que dizer sobre The Goon.

(Ilustração: Goon, por Eric Powell.)