terça-feira, 10 de novembro de 2009

Box Office # 4

Após alguns meses de ausência, partilho os últimos filmes que vi e a classificação, de * a *****, que lhes atribuo.

- Dragonball Z (Animação) - **
- Film Noir (Animação) - **
- Star Trek - Nemesis - ***
- Star Wars - A Guerra dos Clones (Animação) - ****
- Dragonball Z - O Super-Herói (Animação) - **
- District 9 - ****
- Dante 01 - **
- Saw - ***
- The Running Man - *

Sim, tenho visto alguma animação e, não, não têm sido nada de especial.

Discos Pedidos # 17

A propósito do trailer de Where the Wild Things Are, deixo aqui a música que lhe serve de banda sonora - "Wake up" dos Arcade Fire.

Where the Wild Things Are

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Discos Pedidos # 16

"Another Sunny Day" dos Belle & Sebastien. Estes tipos são fantásticos...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Discos Pedidos # 15

Um dos singles de promoção do novo álbum da banda britânica, Humbug.

O que estes rapazes cresceram... A maturidade fica-lhes muito bem!

Discos Pedidos # 14

Não que seja preciso motivo para se ouvir Rufus, mas vem isto a propósito do novo álbum do cantautor, Milwaukee at Last!!!, que regista alguns temas ao vivo.

Do álbum faz parte este extraordinário "Going to a Town", uma das mais belas composições de Rufus. Como tal, cá fica um vídeo da música, também numa versão ao vivo, interpretada por Wainwright numa programa da televisão francesa.



"Tell me, do you really think you go to hell for having loved?"

É fantástico, não é?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Inglorious Basterds

Sacanas Sem Lei de Quentin Tarantino

Sem dúvida, o retorno de Tarantino ao topo (principalmente o topo de um monte de cadáveres)... Pelos vistos o nosso velho amigo Quentin voltou a recuperar o sentido de balanço entre os diálogos e a acção que lhe trouxeram protagonismo em Pulp Fiction e esteve ausente em Deathproof (embora eu tenha apreciado o filme).

Recomenda-se vivamente.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Psychoville


O DVD da 1.ª Série completa já faz parte da minha videoteca. Adquiri-o no inevitável play.com numa edição de 2 discos e legendas em inglês, por 16.99€.

Conto ter uma crítica (favorável, espera-se) em breve.

Box Office # 3

Os filmes que vi nas férias, de * a *****.

- A Ressaca - ***
- Brüno - ***
- Inimigos Públicos - ****
- Jogos de Poder - **
- Titan A. E. (Animação) - **


Desta vez lembrei-me dos títulos em português.

Ally McBeal - dancing with the stars!

Tenho muita pena de não ter visto Ally Mcbeal quando passou num dos canais portugueses há alguns anos atrás. Infelizemente, era uma daquelas séries remetidas para as 2 ou 3 da manhã o que tornava a missão difícil.

Agora, de vez em quando lá vou apanhando um ou outro episódio nos canais da cabo e percebo o porquê de tanto sucesso. É realmente extraordinária!

Estes dois momentos que deixo aqui são bem ilustrativos do espírito da série e revelam bem a personalidade de uma das personagens mais interessantes que já conheci: John Cage.

Dança na casa de banho (I)


Dança na casa de banho (II)

sábado, 25 de julho de 2009

Box Office # 2

Mais alguns filmes que vi nestas semanas (desde o primeiro post deste tipo que coloquei), classificados de * a *****, conforme, obviamente, o meu gosto pessoal e o estado espírito com que os visualizei.

- X-Men Origins - Wolverine - *
- Gran Torino - ****
- Vicky, Cristina, Barcelona - ***
- Equilibrium - **
- Terminator - Salvation - ****
- Cloverfield - **


Em alguns casos privilegiei a pertinência, noutros rendi-me, definitivamente, à história.

Psychoville - qualquer semelhança com Royston Vasey não é coincidência...


Psychoville é uma das mais recentes séries da BBC e, ao que parece, uma das mais promissores. Escrita por Reece Shearsmith e Steve Pemberton, argumentistas e actores da extraordinária Liga de Cavalheiros Extraordinários, a série é, notoriamente, herdeira da Liga. Trata-se de uma comédia negra, cheia de horrores e mistério onde desfilam, uma vez mais, uma série de personagens assustadoramente deliciosas, interpretadas pelos próprios Shearsmith e Pemberton e também por Dawn French (A Vigária de Dibley) e Jason Tompkins.

Ora reparem bem nestes local people:
- Joy Aston (Dawn French): parteira, vive em Bristol com o seu infeliz marido, George, e o querido “filho”, que é na verdade, um boneco de plástico que usa nas suas aulas;

- Oscar Lomax (Steve Pemberton): coleccionador cego que vive sozinho numa casa enorme e vazia. É visitado por Michael que lê para ele e é possuidor de uma estranha colecção;

- Mr. Jelly (Reece Shearsmith): um palhaço perturbado que viu a sua carreira decair depois de perder a sua mão (substituída por um gancho);


- Robert Greenspan (Jason Tompkins): anão que representa o papel de Biggins Panto, na produção Branca de Neve e os Sete Anões, e está apaixonado pela actriz que faz de Branca de Neve;

- David Sowerbutts (Steve Pemberton): desempregado, criança grande que vive com a mãe
e que tem um conhecimento enciclopédico relativamente a serial killers;

- Maureen Sowerbutts (Reece Shearsmith): é uma simples dona de casa que vive com o seu filho já adulto, mas um bocado apalermado, e que se interessa por serial killers para fazer a vontade ao filho.

Os episódios estão disponíveis no site da BBC.
E é esperar que saia em DVD e, se não for pedir muito, com legendas em português...

Alice no País das Maravilhas - o teaser trailer

E agora digam lá o que acham disto!



O filme estreia a 5 de Março de 2010 e eis o elenco:
Mia Wasikowska (Alice),Johnny Depp (Chapeleiro Louco), Helena Bonham Carter (Rainha de Copas), Alan Rickman (Caterpillar), Anne Hathaway (Rainha Branca), Michael Sheen (Coelho), Stephen Fry (Gato Cheshire), Matt Lucas (Tweedledee/Tweedledum), Christopher Lee (Jabberwocky), entre outros.

Alice no País das Maravilhas - as fotos

Mas que belo prenúncio!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Gira-discos

E por falar em anos 80...(Esta é de fins de 70, mas isso agora também não interessa nada...)


Blondie - "Heart of Glass"

Esses loucos anos 80!


No passado sábado 11 de Julho, a festa da Geração 70 80 90 foi o pretexto para os gerentes desta pensão se reunirem com mais alguns amigos. O local foi o bar Ar D'Mar, em Gaia, onde se têm realizado as últimas festas que têm como banda sonora as músicas mais emblemáticas daquelas décadas.

O espaço é muito agradável, junto ao mar, e se há coisa que não tem é mau ambiente: lá encontramos gente que tem a idade dos nossos irmãos (bem) mais novos, a idade dos nossos tios e dos nossos pais e, claro, a nossa idade! É um ambiente muito descontraído e a música é o elo de ligação entre todos. É impossível não nos deixarmos contagiar pelas músicas e batermos o pé e estalar os dedos e abanar o corpinho, mesmo estando sentados(a não ser que sejamos o Sarcáustico!).

Quanto a mim, gostei imenso da experiência e fica prometido que da próxima vez me juntarei às restantes moçoilas para me abanar um pouco.

Como disse, as músicas que animaram a noite são daquelas três décadas, com óbvia predileção pelas dos anos 80 (nice!). E, nessa noite, houve até a oportunidade de cantarmos todos em uníssono hinos da nossa infância como a "Abelha Maia", o "Dartacão e os Três Moscãoteiros" e músicas tão improváveis como "Conquistador" dos Da Vinci!

Enfim, mal posso esperar pela próxima!

O melhor do mundo são as crianças # 2

" - Mamã, tenho vontade de fazer uma coisa empolgante.
- Ah é? E o que é que queres fazer?
- Um microondas."

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O melhor do mundo são as crianças # 1

"Um sangue poderoso é uma bolacha que não derrete."

(Frase dita pela minha filha, há alguns dias atrás, com toda a sabedoria que os 4 anos proporcionam. Eu não diria melhor...)

domingo, 21 de junho de 2009

A Alvorada e o Entardecer

Vimos ao mundo de férias e deixámo-lo numa espécie de férias, também. Mas, no entretanto, passamos o meio-dia numa sucessão de escolas e empregos que nos sugam, fastidiosamente, os melhores anos das nossas vidas.

Por mim, a sociedade pós-moderna já metia uns dias de folga...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Pós-graduação em Religião das Empresas ou De como Deus se torna a expiação de todo o tipo de inépcia profissional

Recentemente, a empresa para a qual trabalho entrou em acção de inventário, processo que se repete anualmente, desde a sua abertura. Tendo em conta os desastrosos resultados obtidos no ano anterior, foi adoptada como medida preventiva, desta feita, a convocação de um padre e dos seus consequentes serviços, de forma a que os números, abençoados, sejam mais positivos no saldo final.

Parece-me um sinal do fim dos tempos, este que confunde espiritualidade com comércio de retalho. Só gostaria de saber, em termos contabilísticos e para efeitos fiscais, sob que designação figurará este tipo de despesa...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Falar p'ro boneco! # 4

Após uma reserva de quase 2 anos, em que nunca perdi o interesse (o facilitismo, por vezes, possibilita este tipo de abusos), acabei por comprá-lo na segunda-feira passada.












Spawn 11, integrante da linha Spawn Series 31: Other Worlds, de 2007, da McFarlane Toys e baseado nos desenhos da BD à qual vai buscar o nome.

sábado, 23 de maio de 2009

Daredevil 2?


De acordo com um rumor adiantado pelo First Showing, a actriz Katee Sackhoff (Starbuck na nova versão de Battlestar Galactica) ter-se-á dirigido a uma loja de BD, em Hollywood, e pedido todos os comics disponíveis com aparições de Typhoid Mary. Para quem não sabe, a personagem em questão (editada pela Marvel) é uma vilã das histórias do Daredevil (ou Demolidor como é conhecido em Portugal e no Brasil) que, apesar de exuberante e peculiar, sempre me pareceu uma pálida e repulsiva imitação de Elektra.

Seja como for, o interesse da actriz por Typhoid Mary poderia ser tido como um mero capricho pessoal (que, aliás, para já, não pode ainda ser desmentido) e passado completamente despercebido, se, porventura, não se tivesse especulado, há algum tempo atrás, sobre uma possível, não sequela, mas sim, espécie de remake (tão em voga, actualmente!) do Daredevil original, à semelhança do Hulk de Edward Norton, do Batman Begins de Nolan ou até mesmo, em certa medida, do Punisher - War Zone.

Que posso dizer? O primeiro filme foi tão mau que o herói, pela sua densidade psicológica e características particulares, merece, definitivamente, a redenção. Mas, sinceramente, tenho receio do que esperar...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Alter Ego # 3


Emboscada Lusitana a Legião Romana: desenho a lápis e tinta de Rui Junqueira.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Antony & The Johnsons - Coliseu do Porto - II

E este é o vídeo que testemunha o momento de que falei no post abaixo - "Fistful of Love" levada ao extremo, tocada com o gosto de quem ama a música e recebida como entusiasmo de quem sabe que está a assistir à perfeição em forma de música!

Não se deixem enganar pela fraca qualidade da gravação! A interpretação da banda foi exímia!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Antony & The Johnsons - Coliseu do Porto - 18 de Maio


Na 2.ª-feira à noite, eu e o Curufinwë tivemos o privilégio de assistir ao concerto de Antony & The Johnsons, no Coliseu do Porto.

Depois da entrada em palco de uma misteriosa figura feminina que simbolizava algumas das orientações do álbum The Crying Light - preocupação com o meio ambiente, aquecimento global - eis que surge a banda tão aguardada. A noite foi marcada pela sucessão de cores que tão bem assentavam nas diversas sonoridades.

Como era de esperar o concerto foi marcado pela beleza, pela harmonia e perfeição.
Antony tem uma voz única. Um timbre inimitável, um poder de alcance espantoso e uma interpretação sem falhas. Goste-se ou não, é impossível não reconhecer a qualidade do seu canto. E os músicos da banda! A execução musical foi excelente! Fiquei deslumbrada com tanto profissionalismo e qualidade, com tanta perfeição.

Não me recordo do alinhamento, mas recordo momentos como "Her Eyes Are Underneath The Ground", "You Are My Sister", "Aeon", "For Today I'm a Boy", "Another World", "The Crying Light", "Where is My Power", "Epilepsy is Dancing" que foram de perfeita harmonia, quase divinos.

O momento alto da noite foi, para mim (e penso que para muitos dos que lá estiveram), a excelente interpretação de "Fistful of Love". Esta é uma das minhas músicas preferidas e esperava que fizesse parte do alinhamento. Mas não esperava um momento tão sublime. A banda foi irreprensível em todos os aspectos. E todos nós sentimos isso. De tal forma que depois de terminada, o público reagiu de forma tão entusiasta que, após os aplausos, o momento final da música foi recuperado, mais uma, duas, três vezes... Foi para mim um momento perfeito!

Antony foi também um verdadeiro entertainer - afável, acessível, com sentido de humor. Interpelou o público várias vezes, teve a simpatia de perguntar como estavam os seus fãs, como estava a cidade... Falou das suas preocupações ambientais, da fé (excessiva) depositada em Obama, da esperança num mundo melhor, da sua visão da religião e de como o Papa deveria ter uma visão de um Deus no feminino... No meio de tudo isto, houve ainda quem lhe propusesse casar...

Depois de muitos aplausos, absolutamente merecidos, que reivindicavam o regresso de Antony e dos restantes músicos ao palco, a banda acedeu ao pedido do público e o encore consistiu em duas belas escolhas - "Cripple and Starfish" e o belíssimo "Hope There's Someone". De novo, os aplausos de um público rendido ao talento e beleza invulgares, de uma banda invulgar. Mas desta vez, era de vez. E Antony disse adeus ao Coliseu do Porto. Pelo menos, por agora.

Uma noite sublime, em que cada um dos que tiveram a sorte de estar no Coliseu esteve um pouco mais perto da perfeição.



Antony & The Johnsons - "Fistful of Love" (Ao vivo)
(A qualidade do som (voz, instrumentos) era tão boa como a deste vídeo, acreditem. Mas a interpretação de ontem foi muito mais sentida e assombrosa.)

Box Office # 1

Estes foram os filmes que vi nos últimos meses (confesso que tenho visto mais séries) e que, para o meu gozo estritamente pessoal, decidi classificar de * a *****, de acordo com a sua pertinência e/ou capacidade de entretenimento, ao invés de tentar criticar um a um, através de posts mais extensos.

- Coraline (Animação) - ****
- Pineapple Express - *****
- Watchmen - ****
- Wonderful Days (Animação) - ***
- Edmond - ***
- Irmãos Grimm - *
- Underworld Evolution - **
- Hard Candy - ****
- The Pick of Destiny - ***
- Star Trek XI - ***


Desculpem a aparente (mas falsa) presunção em colocar, na maior parte dos casos, os títulos originais - é que realmente não me recordo dos correspondentes em português.

domingo, 17 de maio de 2009

Parabéns, Curufinwë!

The Smashing Pumpkins - "33"

quarta-feira, 13 de maio de 2009

District 9

Vem aí um filme de ficção científica que me deixa com água na boca. Já tinha lido um pouco sobre este projecto (relativamente badalado porque tem Peter Jackson como produtor), mas depois de ver este trailer fiquei praticamente convencido. Posso ver as minhas expectativas frustradas, mas o que vi no trailer promete mesmo muito. O realizador, Neill Blomkamp, é novato (pelo menos no que respeita a produções de Hollywood), mas tem uma carreira firmada em publicidade (é dele o anúncio do Citroën que se transforma num robot e dança) e já realizou algumas curtas-metragens de ficção científica, tais como, por exemplo, as relativamente famosas Halo: Call to Arms e Alive in Joburg, esta última sendo a origem do material para este filme. Aparentemente, Alive em Joburg atraiu tantas atenções que resultou numa oferta ao realizador para refazer a curta-metragem num filme com um generoso orçamento. O estilo tipo documentário e a capacidade do realizador (e da sua equipa, obviamente) para conseguir misturar imagem real com CGI, de forma aparentemente inatacável, demonstrada no trailer e em outros trabalhos, sobressaem, restando a esperança de que a história mantenha a mesma qualidade.

Vejam o trailer (se ainda não conheciam) e façam as vossas previsões.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Parabéns!

Feliz Aniversário Soneca!

Adoro mulheres maduras...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Watchmen - Tales of the Black Freighter


Aproveitando o entusiasmo gerado à volta de Watchmen, surge agora, directamente em DVD, uma curta-metragem de animação intitulada Tales of the Black Freighter.

O objectivo do projecto foi adaptar esta "sub-história", originalmente publicada na BD, e enriquecer (um pouco à semelhança do que foi feito na experiência Matrix, com todos os jogos, livros e animações associados aos filmes) ainda mais a vasta mitologia revolvendo em torno de Watchmen.

Narrado por Gerard Butler, realizado por Daniel Delpurgatorio e co-escrito por Zack Snyder, o filme incide sobre a história de um capitão, único sobrevivente de um naufrágio, na sua luta pela vida e esperança de regresso a casa, através de um dilacerante relato sobre dor, morte e loucura. São cerca de 25 minutos altamente perturbantes e imersivos.

Fazendo-se acompanhar de alguns extras, devo ainda referir a inclusão de um muito inteligente "fakementary", Under the Hood, filmado em imagem real e com alguns dos actores de Watchmen, relatando o processo de escrita da biografia de Nite Owl e dos Minutemen, referida no decurso do filme de cinema.

No seu todo, é um DVD paralelo, mas bem recheado e pertinente, que podem encontrar, por menos de 10€, em play.com.

domingo, 12 de abril de 2009

Boa Páscoa

É o meu desejo para os restantes hóspedes desta Pensão e para a nossa simpática gerência.

Abraços!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Watchmen


Fui ver recentemente a adaptação de Watchmen ao cinema. Ok, infelizmente em Alemão, como não podia deixar de ser, mas o conhecimento da obra de BD (que não proclamo ser ultra-extenso, como muitos fanboys na net, uma vez que já se passou algum tempo desde a última leitura que fiz) foi mais que suficiente para fazer as comparações necessárias entre o livro e o filme.

Fiquei bastante agradado, principalmente tendo em conta a dificuldade que é adaptar uma obra extensa, com bastantes linhas narrativas, flashbacks e pormenores contidos no original.

O facto de que a minha namorada, que não conhece o original nem é particularmente fã de filmes de ficção científica ou de super-heróis, conseguiu apreciar o filme e não se mostrou demasiado confundida com o enredo, é sinal claro que a equipa do filme conseguiu um filme coerente e a funcionar relativamente bem de forma independente. Aliás, a leitura do review de Roger Ebert, conhecido e reputado crítico de cinema, também ele desconhecedor da obra original, leva à mesma conclusão.

Gosto do estilo visual de Zack Snyder e aprecio bem mais o seu estilo de filmar/editar e coreografar as cenas de luta, do que o estilo confuso de Christopher Nolan. Aliás, este é o único problema que encontro em Nolan.

Tenho no entanto alguns detalhes a apontar que, na minha opinião, poderiam ter sido melhor executados:

- um deles é o Dr. Manhattan, cuja figura poderia ter sido melhor integrada no filme, embora admita que o brilho que o seu corpo emite, e a que os nossos olhos não se encontram naturalmente habituados, denuncia de forma mais flagrante que a personagem é digital. Ainda assim, preferia ver a musculatura da personagem reduzida, de forma a conseguir uma figura mais elegante e natural. Concordo que a personagem é musculada na obra original, mas em termos de filme, creio que o "efeito digital" da personagem poderia ser atenuado através de uma silhueta um pouco mais moderada;

- não gostei muito do actor escolhido para fazer de Ozymandias. Achei o casting, de forma geral muito bem feito, com os actores bem adaptados às personagens, mas o semblante de Matthew Goode não encaixa bem com a figura da BD e a arrogância na sua interpretação de Veidt está um pouco distanciada do narcisismo racional e o semblante de naturalidade quase inocente com que Veidt se apresenta na BD;

- a alteração do final deixa sempre um saborzinho amargo na boca, principalmente quando o resto do filme denota um esforço grande para se manter fiel à BD, mas admito que funciona bem na mesma e não retira valor ao conceito presente no livro.

Bem, com apenas um visionamento, é-me difícil escrever mais, e acredito que até seja uma benção, para quem se arriscar ao aborrecimento de tão longo post. Resta-me aguardar até poder ver o filme de novo, agora em Inglês (possivelmente o Director's Cut, anunciado também para cinema mas com data ainda incerta, se não me engano), para ver se me "dá na tola" para escrever algo mais.

terça-feira, 24 de março de 2009

Coisas de gajos!



Por vários e determinados motivos, todos practicamente inexplicáveis, isto é o que acontece quando uma data de gajos tem muito tempo livre e dinheiro!

domingo, 8 de março de 2009

Ermesinde # 6

Melissa Theuriau
(Pivot francesa de programas de notícias)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"The indescribable moments of your life"

Porque tudo nesta música é absolutamente perfeito. Até o momento em que a ouvi pela primeira vez na sala da casa dos meus pais. Dos Smashing Pumpkins conhecia apenas o (fantástico) segundo álbum, Siamese Dream. E depois de ouvir apenas uma música de Mellon Collie and the Infinite Sadness na rádio, aventurei-me corajosamente na compra do duplo álbum numa pequena loja de discos, uma das poucas lojas que resistia teimosamente no 1.º piso escuro e frio de umas galerias comerciais (os primeiros centros comerciais de fim dos anos 80/início dos 90, lembram-se?) que ficavam frente à praia em Espinho. Nesse dia, depois das aulas da manhã terem terminado, lá fui eu, destemida, investir o equivalente a quase dois meses de mesada no meu primeiro álbum duplo, sem saber o que esperar de vinte e tal canções novas!
À tarde, sentei-me para o típico ritual pós-compra: confortavelmente sentada, com o booklet na mão a deliciar-me com as ilustrações e a ler atentamente as letras para não perder uma palavra que fosse. (Vocês sabem como era: um fã que se prezasse sabia as letras todas. Era tão importante estudar as letras como os apontamentos para o teste de Português…)
Lembro-me de ter ficado enternecida e com uma lágrima no olho ao ouvir o piano com que o álbum começa. Mas acho que me tornei refém quando ouvi os primeiros acordes da música que se seguia… "Tonight, Tonight"…
Porque, como disse, tudo nesta música é absolutamente perfeito.



The Smashing Pumpkins - "Tonight, Tonight"

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Os melhores de 2008 (já em 2009...)

O final de Dezembro e o início de Janeiro, seja de que ano for, é normalmente ocasião para se fazer balanços, resumos ou enumerar resoluções e decisões que se pretendem seguir. Nós por cá, também não somos indiferentes a estas coisas. Decidi dar o pontapé de saída e deixar aqui a minha lista daquelas que foram, para mim, algumas das melhores músicas de 2008, limitadas às coisas que conheço (até porque a minha vida não é isto…). É apenas uma lista, que vale pelo que vale. Desafio os meus colegas da Pensão a deixarem cá as suas próprias listas e peço os vossos comentários – para dizer bem ou para me excomungar pelas escolhas e/ou omissões. Então cá vai:

The Last Shadow Puppets – "The age of the understatement" (The Age of the Understatement)
Hercules and Love Affair – "Blind" (Hercules and Love Affair)
MGMT – "Time to pretend" (Oracular Spectacular)
Vampire Weekend – "A Punk" (Vampire Weekend)
Midnight Juggernauts – "Into the galaxy" (Dystopia)
Joan as Policewoman (feat. Rufus Wainwright) – "To America" (To Survive)
Kings of Leon – "Sex on fire" (Only by the Night)
The Black Kids – "I’m not gonna teach your boyfriend how to dance with you" (Partie Traumatic)
The Ting Tings – "That’s not my name" (We Started Nothing)
Sigur Rós – "Goggledigook" (Með suð í eyrum við spilum endalaust)
Frightened Rabbit – "Keep yourself warm" (The Midnight Organ Fight)
Deolinda – "Clandestino" (Canção ao Lado)
Manuel Cruz – "Borboleta" (Foge, Foge Bandido)
The Last Shadow Puppets – "Standing next to me" (The Age of the Understatement)
Dead Combo – "Putos a roubar maçãs" (Lusitânia Playboys)
MGMT – "Kids" (Oracular Spectacular)
Antony and the Johnsons – "Another world" (Another World EP)
X-Wife – "Fireworks" (Are You Ready for the Blackout?)
Bon Iver – "Skinny love" (For Emma, Forever Ago)

O facto de ter colocado duas músicas dos The Last Shadow Puppets e dos MGMT não é engano e não se trata de falta de imaginação. É deliberado, uma vez que para mim foram duas revelações inesperadas e os dois projectos mais interessantes do ano.
Queria também deixar aqui outras referências de 2008 que não figuram na lista, apenas porque não as ouvi tempo suficiente para as indicar sem reservas; são eles os álbuns de Fleet Floxes, The Walkmen, Vetiver, Scout Niblett… Tive conhecimento dos álbuns já mesmo no final do ano e não houve tempo para ouvir com a devida atenção. Mas nada se perde! Se forem dignos de nota, mais cedo ou mais tarde aparecem nos nossos discos pedidos.

Vá lá, deixem as vossas listas e os vossos comentários!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ermesinde? # 4

Jessica Alba

Abe Sapien - The Drowning


Já está disponível num único volume, pela chancela da Dark Horse, a série intitulada Abe Sapien – The Drowning, inicialmente publicada em 5 números pela mão da mesma editora.

Numa história que poderia ser, facilmente, protagonizada pelo B.P.R.D. (Bureau for Paranormal Research and Defense) como se tornou um hábito, Mike Mignola – aqui argumentista – optou por, neste caso, evidenciar a personagem de Abe Sapien numa investigação que, salvo um imprevisível e desconcertante auxílio externo, leva a cabo a solo.

Para quem não sabe, Abraham Sapien é um efectivo, de idade desconhecida, do B.P.R.D., grupo responsável pela descoberta, educação e revelação ao mundo do demónio Hellboy (personagens que, aliás, rivalizam na minha lista de preferências), de quem, a par do Professor Trevor Bruttenholm, Abe se considera pupilo. Sendo meramente humano, Langdon Everett Caul, um magnata do século XIX, é vítima da influência de uma entidade aquática de cariz sobenatural, acabando por se tornar uma criatura anfíbia, bípede e cognitiva, um icthyo sapien. É encontrado cerca de 100 anos mais tarde, numa espécie de animação suspensa, dentro de um cilindro com água, rotulado “14 de Abril de 1865” – o ano do assassinato de Lincoln. Destas características vai extrair os seus novos nome e identidade: Abraham Sapien.

Em The Drowning, passado em 1981, após uma ausência por tempo indeterminado de Hellboy, ascendendo já a 2 anos, um inexperiente Abe é enviado à ilha de Saint-Sébastien, a oeste da costa francesa, numa simples missão de recuperação de um lendário objecto naufragado. Rapidamente misturando um investigador victoriano do paranormal, um bruxo holandês, um mártir cristão, uma população padecendo de lepra, um obscuro artefacto tibetano e a ancestral filha de uma divindade marítima, de forma aparentemente desconexa, mas cuja coesão vai buscar ao desenlace da história, o enredo cedo se mostra superior e críptico demais face à experiência de Sapien que, inevitavelmente, se transforma num peão das forças escondidas na periferia da sua (e da nossa) compreensão, ao mesmo tempo que mais alguns poucos aditamentos vão enriquecendo a sua própria enigmática origem.

Numa reviravolta artística, os desenhos ficam a cargo do excelente Jason Shawn Alexander – autor de Damn Nation, por exemplo, também pela Dark Horse – cujo traço actual o aproxima de um estilo mais independente, ao passo que as cores continuam a ser do imperativo e multi-galardoado Dave Stewart. O argumento (e a capa), como já referi, é da autoria de Mike Mignola.

Abe Sapien – The Drowning não é original para quem está habituado ao universo do B.P.R.D. e deste tipo de imaginário, mas é exactamente o que se espera: imersivo, soturno, carismático e estimulante. As correlações entre mitologia, folclore e imaginação denotam um génio inventivo e, culturalmente, significativo. Se o fosse (original, entenda-se), deixaria de ser o que é para ser outra coisa qualquer.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Fresco!

Meus caros, este é o panorama que eu enfrento sempre que saio de casa, nestes últimos 4 ou 5 dias...

O mundo foi engolido por uma mancha branca...




Pode não parecer, mas esta imagem aqui em cima, é um rio...



A temperatura mínima diária tem variado entre os -11 e os -18 Graus Celsius. Ontem tive de sair à rua, durante cerca de hora e meia, e deixei de sentir o rabo, de tanto frio que estava... Tentei correr, mas não adiantou. É simplesmente demasiado frio para um português! Foi uma caminhada de cerca 8 kms, numa cidade completamente plana, e não foi agradável... O que confirma em pleno a minha ideia de que escalar esta mesma distância, com temperaturas entre -25 e -40 Graus Celsius é extremamente parvo! Saltar para a frente de um camião na A1 é mais rápido, menos dispendioso e provavelmente, menos agonizante. E a probabilidade de perder extremidades do corpo é sensivelmente a mesma.

Ermesinde? # 3


Evangeline Lilly

Ermesinde? # 2


Gisele Bündchen

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ermesinde? # 1


Monica Bellucci.

Nova - Annihilation Conquest


Como alguns (poucos) poderão saber, enquanto a
Marvel Comics concentrava todos os seus esforços (e a atenção dos fãs) no evento conhecido como Civil War em que (de forma muito sucinta) os mais populares heróis da editora se dividiram em duas facções antagónicas com interpretações opostas dos conceitos de lei e justiça, e cuja consequência mais importante terá sido a morte do Capitão América (muito metafórico, por sinal!), decorreu, paralelamente, uma saga intitulada Annihilation, que contava com algumas das mais interessantes e (incompreensivelmente) maltratadas personagens do universo Marvel como o Surfista Prateado, Nova ou Galactus, a par de um punhado de não-tão famosos heróis ou, simplesmente, ilustres desconhecidos.

Enquanto na Terra a confusão é total (na história que referi no início do post), Annihilation passa-se em pleno espaço sideral, uma autêntica Ilíada de proporções cósmicas, o Universo a ferro e fogo. Annihilus (o inimigo do Quarteto Fantástico conhecido, em Portugal e no Brasil, como o "Aniquilador") liberta a Annihilation Wave (a frota imperial da dimensão paralela chamada Zona Negativa) no meio da nossa realidade, tendo o genocídio como único objectivo. O seu poder é de tal forma destrutivo, que alguns ex-arautos do temível Galactus são mortos, colocando em risco a própria existência da entidade "devoradora de mundos".

Ficção científica pura, embora as equipas criativas não sejam de primeiro plano, o argumento é bastante interessante e consistente, digno da aprovação dos adeptos do género - numa época em que a FC quase desapareceu de todos os meios culturais e de comunicação, é sempre com alguma expectativa que a recepção deste tipo de imaginário é efectuada. Dada a notória escassez de meios, no entanto, não acredito que a Marvel previsse o apreço que a saga granjeou por parte dos leitores, sendo que daí resultaram algumas séries de comics.

Uma dessas séries intitula-se Nova e acompanha a personagem do mesmo nome no rescaldo da guerra cósmica que, tendo sobrevivido, continua a praticar o serviço que sempre prestara antes da tragédia. A saber: Xandar foi um dos primeiros "planetas" a ser destruído pela Annihilation Wave; a comunidade xandariana criara um espécie de polícia galáctica, a Nova Corps, composta por efectivos de todos os cantos do Universo (aos quais era atribuida uma parcela ínfima da energia chamada nova force) e estruturada hierarquicamente - da Terra contava com Richard Ryder; após o ataque de Annihilus, toda a Nova Corps foi extinta com excepção de Richard; a entidade (meio energética, meio informática) Worldmind, responsável pela gestão da Nova Corps, da nova force e pela preservação da cultura xandariana, numa atitude desesperada de sobrevivência (característica, aliás, muito humana) imbuiu Richard de toda a nova force, antes distribuida pelos efectivos da corporação, ao mesmo tempo que se "instalou" no cérebro e espalhou por todo o seu corpo; de forma a que Ryder não enlouquecesse, Worldmind, alterou o seu fato para que contivesse, mais facilmente, a energia indescritível que o passou a percorrer; Nova ascendeu à categoria de centurião, passando a ser um regimento de um só homem. É extremamente inteligente a dicotomia paradoxal entre Nova e Worldmind, uma vez que o primeiro arrisca a existência de ambos no cumprimento dos deveres da Nova Corps (razão pela qual Worldmind foi criado), por oposição às directivas de preservação do segundo, que tem como objectivo ser "descarregado" num lugar seguro, onde possa criar uma outra Nova Corps, para levar a cabo o que Richard já está a fazer.

Como a maioria dos comics mensais, a história está ser coligida em trade paperbacks (já existem dois), cujo primeiro volume se intitula Nova - Annihilation Conquest. O argumento fica a cargo do multi-facetado Dan Abnett (considerado um dos melhores escritores de Warhammer 40'000) e Andy Lanning e os desenhos são de Sean Chen e Scott Hanna. É aconselhável lerem primeiro a saga Annihilation, também em TPB.