sexta-feira, 28 de março de 2008

Grávido?

Pela primeira vez, um transexual masculino poderá ter um filho

O meu avô dizia que os homens se mediam e destacavam pelos falos... Mas agora há quem tenha falos e ainda assim consiga embuchar.
#%*$#-se! Com estas novas merdas da medicina, já não se sabe o que são gajas e o que são gajos!

Há um anúncio da TMN, em que um dos Reis Magos pergunta ao Coelhinho da Páscoa por onde é que lhe saem os ovos... Pois!

Já agora: quando o rebento finalmente encontrar a saída, a incubadora vai ser a mãe ou o pai?

quinta-feira, 27 de março de 2008

Discos Pedidos # 2

Ontem, no Porto.
Hoje, em Lisboa.


"Undenied" - Portishead

(Eu acho que este não é o vídeo original desta música, mas não resisti. É que a música tem tudo a ver com este filme - e, tanto quanto me lembro, não faz parte da banda sonora. Que bem lembrado!)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Smack Down



Acho que já toda a gente viu estas imagens. E não há muito a dizer... É lamentável e revoltante! (E pensar que um dia cheguei a ponderar a hipótese de dar aulas...) Um bom par de estalos nesta rapariguinha era capaz de resolver parte da histeria demonstrada. E quanto aos outros colegas, igualmente inergúmenos.
Diz-se que a mocinha ficou neste estado porque receava que a professora lesse as suas mensagens privadas. Como se fosse possível descodificar aquilo a que estes espécimes chamam de escrita. Mas a pensar nesta gente que, a ver pelas imagens, não prima muito pela inteligência, acho que vou traduzir a minha opinião sobre o vídeo, não vá algum deles, vir cá parar por engano:

Axu k xá td xente viu extax imagex. I ñ á mt a dixer... É bué down! I penxar k 1 dia xegei a penxar xer prof, fónix... 1 par d xapadas nu fuxinhu da pita aver xe n1 xe calava. I us culegas, bué tótós...

OK. Agora as pessoas com um QI, sei lá, de pelo menos 80, tentem ler isto... Digam lá, não sentem que estão a tentar comunicar com bebés? (Olá. Extáx bom? Xim? Bilu, bilu, xu-xu...) Eu tenho uma filha com três anos e nem com ela tenho conversas tão acéfalas!

Tenho muito receio do tipo de gente de daqui a uns anos vai ser a consciência social e política deste país. E também daqueles que um dia vão ser professores... Muitos destes “meninos” que hoje armam peixeiradas, agridem os professores, (mas ficam traumatizados, coitadinhos, se um professor lhes levanta a voz, se é muito exigente - Ah sacana! A querer ensinar-lhes coisas, a tentar fazer deles pessoas mais instruídas. Não se faz! -, ou lhes dá a chapada que deviam ter levado há algum tempo), vão conseguir entrar numa faculdade e ser, no futuro, professores – sim, neste país, isso é mais do que certo! Mas enquanto isso não acontece, convém começar a controlar estas criaturas. Não me parece que seja possível, mas para mim a expulsão era o caminho certo para esta menina histérica. E um anito ou dois a limpar as casas de banho da escola não lhe fariam mal nenhum...

Diz quem conhece bem o meio escolar que estes casos proliferam. É por estas e por outras que, hoje em dia, o currículo daqueles que optam pelo ensino deveria ter Defesa Pessoal como uma das cadeiras obrigatórias. Talvez os alunos pensassem duas vezes antes de se armarem em rambos.
Li, há algum tempo, uma crónica do Ricardo Araújo Pereira e, nela, ele sugeria que se começassem a contratar ciganos para professores. Em primeiro lugar, estão habituados à vida nómada e, portanto, mudar de escola todos os anos não seria um problema. Além disso, aqueles pais trogloditas (que amam muito os seus filhos e estão prontos a demonstrar esse amor, sempre que isso envolver sarrafada da grossa, de preferência em pessoas que tenham uma profissão considerada social e culturalmente superior – ou seja, toda a gente) que adoram resolver as coisas “à homem” e “à antiga” provavelmente pensariam duas vezes antes de ir tirar satisfações com o professor que chamou a atenção “ao meu mais novo” ou mandou para a rua “a minha Jessica”. Bem vistas as coisas, é capaz de ter razão...

sábado, 22 de março de 2008

Crazy Hair

E para quem gosta de Gaiman e de McKean, aqui fica mais um recadito. Vai sair em breve o poema Crazy Hair (que já foi publicado em formato áudio, num dos audio books de Gaiman), em formato papel e com as ilustrações de Dave McKean. Pela imagem que já está disponível, é de esperar mais uma grande obra desta dupla. Babem!



Scrubs + Muse = ??

Há alguns dias deambulava pelo Youtube e encontrei o seguinte: um conjunto de alguns dos momentos mais tresloucados da série Scrubs, tendo como música de fundo o "Starlight" dos Muse. Pode parecer parvo, mas, para alguém como eu, é algo para encher os olhos e os ouvidos. Primeiro, porque sou fã dos Muse. Depois, porque sou ainda mais fã dos Scrubs. Venero verdadeiramente esta série e tudo o que a ela está relacionado. Para mim é, sem dúvida, a melhor sitcom americana depois de Seinfeld (obviamente!). Passou há algum tempo na Sic Radical com o nome Médicos e Estagiários (não sei se passa ainda...) e foi daqueles casos de admiração à primeira. Os actores são muito bons e a série é excelente: divertida, parva, nonsense e mesmo tendo sempre uma espécie de lição no final de cada episódio, nunca cai no caminho fácil da lamechice.

Esta pequena montagem que alguém se lembrou de fazer e publicar (obrigadinha!), mostra bem com o que se pode contar. Quem já conhece a série, sabe do que estou a falar. Já quem não conhece... Bom, a esses só posso dizer: flagelai-vos, ó infiéis!

Discos Pedidos # 1

Esta dispensa longos palavreados...
Uma música excelente, de um grande álbum, de uma das maiores bandas de sempre.


Radiohead - "Fake Plastic Trees"

Coraline

Coraline é um livro infanto-juvenil (e não só) que conta a história de uma menina, cuja curiosidade a leva a abrir uma misteriosa porta na sua nova casa. À semelhança do que aconteceu com Alice (no País das Maravilhas e do Outro Lado do Espelho), Coraline entra numa espécie de mundo paralelo fantástico. E lá encontra um outro pai e uma outra mãe que não pretendem deixá-la ir embora... Este livro é da autoria de Neil Gaiman, um dos melhores autores britânicos da actualidade. Já ganhou vários prémios que são a prova de que quer os críticos, quer os leitores apreciam o valor e a originalidade da sua obra. E Coraline não é excepção, pois esta misteriosa história já foi premiada várias vezes.
Admiro bastante a obra de Gaiman e sou incondicionalmente fã deste grande senhor há quase uma década. E (roam-se de inveja!) tive o prazer e o privilégio de estar frente a ele e cumprimentá-lo, aquando da sua vinda a Lisboa, para um festival de Banda Desenhada há alguns anos (6 ou 7, se a memória não me falha). Como seria de esperar, um homem humilde, acessível e extremamente simpático. (E lá tenho em casa o Violent Cases autografado para eternizar o momento. Ok! Não me vanglorio mais!)

Rumores havia acerca da adaptação deste romance ao cinema (Esta não é, como sabem, a primeira incursão de Gaiman no cinema. Recorde-se MirrorMask, em parceria com Dave McKean – seu colaborador de há vários anos na ilustração de diversos livros e das capas de The Sandman -, e a adaptação de Beowulf e Stardust, por Robert Zemeckis e Matthew Vaughn, respectivamente).
Mas estes rumores passaram a certezas. Já circula há algum tempo um teaser trailer, que nos deixa antever o que por aí vem. Ora vejam lá:



O filme tem estreia marcada para Fevereiro de 2009, nos Estados Unidos. De acordo com as informações já disponíveis, Dakota Fanning (A Guerra dos Mundos e A Teia de Carlota), dará voz à pequena Coraline e, ao que parece, poder-se-ão ouvir também as vozes “britcómicas” de Jennifer Saunders e Dawn French (Absolutely Fabulous e French and Saunders).
Como viram no trailer, a realização é de Henry Selick, o realizador do extraordinário The Nightmare Before Christmas. E Gaiman com Selick só pode significar uma grande obra!

Leiam este livro!

Ainda não fui ver o premiado filme dos irmãos Coen, dupla que muito admiro. Uma oferta inesperada, mas certeira, fez chegar às minhas mãos o livro Este País Não É para Velhos de Cormac MacCarthy. E enquanto não o terminar, o filme terá de ser adiado (mas por pouco tempo, estou em crer). Não vos vou contar nada sobre o enredo, como é óbvio, mas posso dizer-vos que MacCarthy é um excelente escritor. E espero que este seja apenas o primeiro de muitos livros dele que irei ler.
Vou deixar-vos um pequenino excerto do início do livro. Não há aqui nenhum spoiler, apesar de parecer que muita informação está a ser revelada. Esta é apenas a 1.ª página, do 1.º capítulo:

“Mandei um moço para a câmara de gás de Huntsville. Um e só um. (...) Ele tinha matado uma rapariguinha de catorze anos e uma coisa vos garanto, nunca tive grande vontade de o visitar, quanto mais ir à execução, mas a verdade é que fui mesmo. (...) Ele namorava com aquela moça, apesar de tão novita. Tinha dezanove anos, o fulano. E disse-me que andava a planear matar alguém há imenso tempo, já nem se lembrava há quanto. Disse-me que se o libertassem voltava a fazer o mesmo. (...) Tratava-me por xerife. Mas eu não sabia o que lhe havia de dizer. O que é que se diz a um homem que é o primeiro a reconhecer que não tem alma? Para quê dizer-lhe seja o que for? Fartei-me de matutar nisto. Mas ele não era nada, comparado com o que aí vinha.
Dizem que os olhos são as janelas da alma. Eu cá por mim não sei de que é que os olhos são as janelas e se calhar até prefiro não saber. Mas há uma outra maneira de ver o mundo e outros olhos para o ver e é por esse caminho que nós vamos. Eu próprio o trilhei e conduziu-me a um lugar na minha vida que nunca imaginei chegar a conhecer. Algures por aí anda um profeta da destruição, um profeta genuíno, de carne e osso, e eu não o quero enfrentar. Sei que ele existe. Vi a obra dele. Caminhei diante daqueles olhos numa ocasião. Não o tornarei a fazer. (...)”

MACCARTHY, Cormac, Este País Não é para Velhos. Lisboa: Relógio d’Água, 2007, p. 16. (Trad. Paulo Faria)