Recentemente, a empresa para a qual trabalho entrou em acção de inventário, processo que se repete anualmente, desde a sua abertura. Tendo em conta os desastrosos resultados obtidos no ano anterior, foi adoptada como medida preventiva, desta feita, a convocação de um padre e dos seus consequentes serviços, de forma a que os números, abençoados, sejam mais positivos no saldo final.
Parece-me um sinal do fim dos tempos, este que confunde espiritualidade com comércio de retalho. Só gostaria de saber, em termos contabilísticos e para efeitos fiscais, sob que designação figurará este tipo de despesa...
4 comentários:
'tás na tanga! Espera, que eu tenho de reler esta cena para confirmar a minha primeira impressão... Pois, tá tudo perdido!
E não seria melhor fazer o pobre sacerdote (do qual esperam milagres) abençoar os livros da contabilidade no início do ano? Parece-me que seria mais fácil para o pobre homem...
É o Apocralypse (como diria o Rincewind...)
Marx dizia que a religião era o ópio do povo. E parece-me que neste caso o é literalmente.
É que para chegar a isto dá-me a sensação que alguém anda a fumar algo muito estranho...
Devo dizer, a bem de verdade, que, findo o inventário e de forma totalmente irónica, os resultados desta ano acabaram por ser os melhores de sempre!
Acho que vou ver se arranjo o contacto do tal padre - estou a precisar de levantar a minha vida.
É mesmo verdade? É tão absurdo que não é fácil acreditar à primeira. Confundir espiritualidade com comércio não faz de facto sentido. Mas confundir espiritualidade e religião também não!
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