Assistimos a uma fase do Cinema tão próxima da perfeição, que até os filmes de Série B cresceram em projecção e qualidade.
Claro que The Spirit não é, de todo, um filme B (ou Z, como os "pseudo-eruditos" gostam de classificar o cinema deste tipo), mas sê-lo-ia, há 15 anos atrás, quando a escassez de meios e de público o teriam remetido para uma prateleira esquecida, de um qualquer Clube de Vídeo de bairro.
Este género de filme deve o seu sucesso a uma redescoberta e (espera-se longa!) adesão de um público que, "adulto" demais (segundo os pré-conceitos da sociedade) para ler BD, acaba por, fascinado pelas suas histórias, contornar a situação recorrendo ao cinema. Daí o grande investimento actual das produtoras, baseado numa rudimentar premissa económica de "procura/oferta", e que quase eliminou, por completo, a série B, associada a estas adaptações.
Não se iludam, no entanto! Há filmes maus (muito maus até!), mas já não há filmes "caretas". Qualquer objecto, cenário ou criatura, pode ser corrigido com grande perfeição, recorrendo, muitas vezes, a um mero PC doméstico - o limite pauta-se, agora, pelo bom gosto (ou a inexistência deste).
Uma última nota, visto ter-me afastado demais do objectivo do post: Will Eisner foi um precursor da BD americana moderna, de tal forma, que os "Óscares" da Indústria se chamam "Eisners" (eu, pessoalmente, preferia que se chamassem "Lees"). De qualquer forma, graficamente, o filme está radicalmente diferente da BD - o que vai gerar a habitual polémica em torno de Frank Miller, como já o Sin City sofreu (embora por razões, ligeiramente, diferentes).
1 comentário:
Assistimos a uma fase do Cinema tão próxima da perfeição, que até os filmes de Série B cresceram em projecção e qualidade.
Claro que The Spirit não é, de todo, um filme B (ou Z, como os "pseudo-eruditos" gostam de classificar o cinema deste tipo), mas sê-lo-ia, há 15 anos atrás, quando a escassez de meios e de público o teriam remetido para uma prateleira esquecida, de um qualquer Clube de Vídeo de bairro.
Este género de filme deve o seu sucesso a uma redescoberta e (espera-se longa!) adesão de um público que, "adulto" demais (segundo os pré-conceitos da sociedade) para ler BD, acaba por, fascinado pelas suas histórias, contornar a situação recorrendo ao cinema. Daí o grande investimento actual das produtoras, baseado numa rudimentar premissa económica de "procura/oferta", e que quase eliminou, por completo, a série B, associada a estas adaptações.
Não se iludam, no entanto! Há filmes maus (muito maus até!), mas já não há filmes "caretas". Qualquer objecto, cenário ou criatura, pode ser corrigido com grande perfeição, recorrendo, muitas vezes, a um mero PC doméstico - o limite pauta-se, agora, pelo bom gosto (ou a inexistência deste).
Uma última nota, visto ter-me afastado demais do objectivo do post: Will Eisner foi um precursor da BD americana moderna, de tal forma, que os "Óscares" da Indústria se chamam "Eisners" (eu, pessoalmente, preferia que se chamassem "Lees"). De qualquer forma, graficamente, o filme está radicalmente diferente da BD - o que vai gerar a habitual polémica em torno de Frank Miller, como já o Sin City sofreu (embora por razões, ligeiramente, diferentes).
O que posso dizer? Eu gosto (muito)!
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