Albergue para hóspedes de curta e longa duração. Desejamos-lhe uma boa estada. Não se aceitam pagamentos.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Watchmen cancelado?
Pois é, na minha habitual deambulação mensal ao "Mundo Encantado dos Brinquedos" (leia-se comic store) onde eu e os da minha espécie encetamos, por vezes, animadas tertúlias de 15 minutos (das quais todo o tipo de informação inútil, mas interessantíssima, costuma brotar) descubro que, prontinho a estrear, Watchmen poderá não ser exibido, visto a Fox, aparentemente, ter conseguido uma leitura de sentença favorável por parte dos tribunais.
Para quem não faz a mínima ideia do que estou a falar, de forma muito sucinta (até porque os contornos desta questão são, previsivelmente, obscuros), o que se passa é o seguinte: aparentemente, os direitos de rodagem de Watchmen adquiridos pela Warner Bros. ainda pertenciam à Fox - o mais irónico é que a BD na qual o filme se baseia foi publicada pela DC Comics, uma empresa do grupo Time Warner.
Assim sendo, a queixa apresentada pela Fox foi deferida judicialmente, impedindo a estreia da película. A forma de contornar esta situação, poderá passar por uma de duas alternativas (mais ou menos) dolorosas para a Warner Bros. - ou interpõem um recurso que (claro está!) poderá levar anos a resolver ou aceitam pagar os 300 milhões de dólares que a Fox exige como compensação para a exibição do filme.
Os comentários, deixo-os para vocês...
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Uma prenda inesperada
Pelo sim, pelo não, já tenho bilhete reservado e, se tudo correr bem, mais logo já o terei nas minhas mãos!
E ainda dizem que o Pai Natal não existe...
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
A blast from the past...
Uma performance extraordinária (a julgar pela entusiasmada reacção da meia idade pedonal e do segmento pensionista, sempre presentes nestes locais) fez por justificar uma data de fotos para a posterioridade.
10 pontos (não sei de quê, nem para que servirão) para quem reconhecer a figura e 5 pontos extra para quem reconhecer os cromos adicionais!
A pista na imagem relativa ao protagonista pode ser reveladora!
O concurso não tem data limite e não contamos com a presença de um representante do Governo Civil, porque gente dessa não entra nesta casa decente!
Procura-se:
Oferece-se: tolerância e estabilidade.
Exige-se: ASSIDUIDADE.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Falar p'ro boneco! # 3
Manga Spawn 2, referente à linha Spawn Series 34: Classics, de 2008, da (obviamente!) McFarlane Toys.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Discos Pedidos # 13
The Divine Comedy - "A Lady of a Certain Age"
A Lady Of A Certain Age
Back in the day you had been part of the smart set
You'd holidayed with kings, dined out with starlets
From London to New York, Cap Ferrat to Capri
In perfume by Chanel and clothes by Givenchy
You sipped camparis with David and Peter
At Noel's parties by Lake Geneva
Scaling the dizzy heights of high society
Armed only with a cheque-book and a family tree
You chased the sun around the Côte d'Azur
Until the light of youth became obscured
And left you on your own and in the shade
An English lady of a certain age
And if a nice young man would buy you a drink
You'd say with a conspiratorial wink
"You wouldn't think that I was seventy"
And he'd say,"no, you couldn't be!"
You had to marry someone very very rich
So that you might be kept in the style to which
You had all of your life been accustomed to
But that the socialists had taxed away from you
You gave him children, a girl and a boy
To keep your sanity a nanny was employed
And when the time came they were sent away
Well that was simply what you did in those days
You chased the sun around the Côte d'Azur
Until the light of youth became obscured
And left you on your own and in the shade
An English lady of a certain age
And if a nice young man would buy you a drink
You'd say with a conspiratorial wink
"You wouldn't think that I was sixty three"
And he'd say,"no, you couldn't be!
Your son's in stocks and bonds and lives back in Surrey
Flies down once in a while and leaves in a hurry
Your daughter never finished her finishing school
Married a strange young man of whom you don't approve
Your husband's hollow heart gave out one Christmas Day
He left the villa to his mistress in Marseilles
And so you come here to escape your little flat
Hoping someone will fill your glass and let you chat about how
You chased the sun around the Côte d'Azur
Until the light of youth became obscured
And left you all alone and in the shade
An English lady of a certain age
And if a nice young man would buy you a drink
You'd say with a conspiratorial wink
"You wouldn't think that I was fifty three"
And he'd say,"no, you couldn't be!
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Última morada
Eu sei bem por experiência própria que quando se perde alguém muito próximo não há grande discernimento para arranjar uma frase interessante e original para servir de epitáfio. Normalmente, o que acontece é seguir-se uma das sugestões dadas por quem irá fazer a respectiva inscrição, o que não costuma ser um bom prenúncio, ou então percorrer o cemitério local e procurar nas sepulturas de mortos desconhecidos frases que definam o que sentíamos por quem perdemos (o que, convenhamos, é um programinha social pós-notícia de morte e pré-enterro bem catita!). Regra geral, o resultado costuma a ser piroso e de gosto duvidoso.
Quanto a mim, o ideal seria recorrer a uma empresa ou agência e dar aos profissionais todos os dados relativos à pessoa falecida. Estas agências seriam uma mistura entre agências de viagem e mediadores imobiliários – tratariam da nossa última viagem e também da nossa última morada. (E poderíamos ter algo como Agência de Viagens Abreu – o limite é o Céu; ou imobiliárias Já Era!). Desta forma, estes profissionais poderiam pôr toda a sua criatividade a funcionar e criar algo único e surpreendente. Mas tanto quanto sei, não existem estabelecimentos deste género, o que mostra a falta de visão dos nossos investidores e revela a minha excepcional capacidade para singrar no mundo empresarial (infelizmente, mais ninguém a vê).
As pessoas já fazem testamentos e já compram sepulturas antecipando o que sabem ser certo. Mas propunha que se fosse um bocadinho mais além e cada um de nós registasse também o que pretende que esteja escrito no seu próprio epitáfio, para evitar que lugares-comuns façam parte da nossa última morada. Eu, pelo sim pelo não já fiz uma lista de algumas frases que não me importaria de ver escritas na minha lápide:
"A morte fica-te tão bem!"
"Desconhecido nesta morada."
"Para qualquer informação, dirija-se à campa ao lado."
"Volto já!"
"Vende-se lugar. Boa vizinhança."
"Por favor, faça pouco barulho. Estou a tentar descansar."
"Eu não pedi para cá estar…"
"Aberto todos os dias das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00."
"Eu não sou de cá. Estou só de passagem."
"Encerrado para descanso do pessoal."
"Mãe, estou aqui!"
"Capacidade: 4 lugares deitados."
Aceitam-se mais sugestões. (E também um sócio com capital…)
Mentes mesmo (?) brilhantes – os prémios IgNobel
IgNobel da Economia – atribuído a investigadores que estudaram os efeitos do ciclo ovulatório nas gorjetas das dançarinas de bar (durante a ovulação há mais gorjetas e as dançarinas que usam pílula não tiveram oscilação de gorjetas durante o ciclo menstrual).
IgNobel da Química – atribuído a dois artigos contraditórios sobre os efeitos espermicidas da Coca-Cola. O primeiro foi publicado por cientistas americanos no New England Journal of Medicine, em 1985, defendendo esses efeitos; e o segundo, publicado por investigadores de Taiwan na Human Toxicology, em 1987, dizendo exactamente o contrário.
IgNobel da Biologia – atribuído a três investigadores franceses por descobrirem que as pulgas que vivem nos cães saltam mais alto do que as pulgas que vivem nos gatos. (Artigo publicado na revista científica Veterinary Parasitology em 2000.)
IgNobel da Nutrição – atribuído aos investigadores Massimiliano Zampini, da Universidade de Trento, em Itália, e Charles Spence, da Universidade de Oxford, por estudarem a forma para modificar electronicamente o som de uma batata frita de forma a parecer mais estaladiça e fresca do que realmente é. (Publicado no Journal of Sensory Studies, em 2004)
IgNobel da Arqueologia – atribuído a dois investigadores brasileiros pelo artigo "O papel dos armadillos no movimento dos materiais arqueológicos: uma abordagem experimental". (Publicado na Geoarchaeology, em 2003)
IgNobel da Paz – atribuído ao Comité Federal Ético da Biotecnologia Não-Humana da Suíça por adoptar o princípio legal de que as plantas têm dignidade.
IgNobel da Medicina – atribuído a Dan Ariely da Duke University, que demonstrou que os remédios falsificados mais caros produzem mais efeito do que os remédios falsificados mais baratos. (Publicado no Journal of the American Medical Association)
IgNobel da Ciência Cognitiva – atribuído a dois investigadores japoneses e um húngaro que descobriram que os micetozoários, uma espécie de amiba, conseguem resolver puzzles. (Publicado na Nature em Setembro de 2000)
IgNobel da Física – atribuído a dois investigadores americanos que conseguiram provar matematicamente que fios de cordel ou cabelo acabam inevitavelmente por se embaraçar. (Publicado nos Proceedings of the National Academy of Sciences, em Novembro de 2007)
IgNobel da Literatura – atribuído a David Sims, da Cass Business School, em Londres, pelo seu estudo sobre a experiência da indignação dentro das empresas. (Publicado na revista Organization Studies, em 2005)
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
That leaving feeling…
A música é de Stuart Staples (Tindersticks), do seu 1.º álbum a solo e tem a participação especial de Lhasa de Sela. Acho que o dueto funciona muito bem e é neste registo que gosto de ouvir Lhasa (que me perdoem os verdadeiros fãs dela, mas não gosto particularmente do exercício vocal que ela costuma fazer, levando a voz mais ao limite, mas o defeito há-de ser meu, com certeza).
Stuart Staples com Lhasa de Sela – "That leaving feeling"
"That leaving feeling"
Stuart Staples:
I get that leaving feeling
This time it's here to stay
I've been weighing up the pulling
And pushing me away
The past is so heavy
But it's something I can't leave
And this future is so certain
It just pushes me to my knees
Lhasa:
Is that your heart talking
Or just that befuddled mind
The people that you love
They change when you leave them behind
Stuart Staples:
But this rope that is pulling
Is whittled down to a thread
And if I don't start climbing
Pretty soon it'll be over my head
Lhasa:
We all have dreams of leaving
We all want to make a new start
Go and pack a little suitcase
With the pieces of our hearts
All those worries and those sorrows
We can just toss them away
Buy a coffee and a paper
And go step on to a train
Stuart Staples:
But I've been too long wandering
Limping around this town
With everything that's pulling me
Is pulling me further down
Lhasa:
Go make all your excuses
Go say all your goodbyes
But take a look in the mirror
It's the hardest one you'll ever find
All those worries and those sorrows
You can just toss them away
Go find a new tomorrow
And forget about your yesterdays
So go and pat your kids
And kiss your dog goodbye
Leave your keys on the nail
With the sadness that's in your eyes
Stuart Staples:
Maybe tomorrow, today looks like it's bringing rain
And I'll leave everything in order
I don't want nothing standing in my way
There are jobs that need tending
And the logs that are waiting to stack
And I'll leave everything in order
I don't want nothing that's going to hold me back
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Anacronismos...
Ao dirigir-me ao meu local de trabalho, senti que eu não sou verdadeiramente eu, que este não é o meu tempo e nem o meu espaço. O meu eu usa um elegante vestido preto com a cintura bem definida, uns sapatos vermelhos de salto alto e toma o pequeno-almoço no Tiffany’s. E o meu eu tem, pelo menos hoje, esta banda sonora:
Dusty Springfield - "I only wanna be with you"
The Ronettes - "Be my baby"
The Beatles - "I wanna hold your hand"
Juliette Gréco - "Sous le ciel de Paris"
Sinto uma verdadeira nostalgia de um tempo que não vivi e não foi meu…
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
"A morte é uma puta!"
Quem me conhece sabe que este último ano foi, desculpem-me a expressão, um ano de merda. A morte inesperada e absurda da minha mãe abalou toda a minha estrutura familiar e de uma forma que não me parece, de todo, remediável (talvez suportável). Os dias que se seguiram tornaram-se toleráveis com a ajuda de algumas pessoas de família e de poucos amigos. Como é habitual, este tipo de acontecimentos mostra bem quem está à nossa volta: os que considerava amigos, assim o foram; outros que via como potenciais amigos revelaram que nunca poderiam ser mais do que colegas. Os dias foram sendo ultrapassados com incredulidade (que dura até hoje), com muitas lágrimas (a maior parte delas escondidas) e, infelizmente, com poucas palavras. Nunca falei da minha mãe o quanto queria – todos à minha volta acreditavam (parece-me…) que evitar o assunto era menos doloroso. Não pareciam compreender que eu gostava de falar dela… Doloroso? Talvez, mas menos do que ignorar, menos do que a guardar só para mim.
Um ano ainda é muito pouco para a conseguir recordar apenas com saudade tranquilizadora, com ternura apaziguadora – há ainda muita revolta a contaminar. Mas espero que com o tempo as memórias se tornem mais pacificadoras. Enquanto isso não acontece, partilho convosco algumas das coisas boas que já me fazem sorrir um pouco ao lembrar-me dela:
as histórias que ela me contava dos dias em que era delegada sindical e se empenhava na luta pelos direitos de todos (característica tão dela…);
os momentos que passámos desde que era pequena nas remodelações constantes da casa de que ela tanto gostava;
as incursões sempre imprevisíveis que fazíamos em Dezembro para encontrar musgo para o presépio;
o presépio que ela criou e que era absolutamente único, pois tinha tinha 3 reis magos pretos (quando os foi comprar não havia brancos, e é claro que isso para ela não era entrave…), um galo de Barcelos em cima da cabana onde estava a manjedoura, um estrunfe Pai-Natal e, mais recentemente, algumas ovelhas sem cabeça, fruto de um pequeno acidente;
os terríveis cortes de cabelo que ela insistia em fazer-me quando era pequena e que eu odiava profundamente;
a adoração que ela tinha pelo Amor de Perdição e pela Rosa do Adro, assim como pelo Zeca Afonso e pelo António Correia de Oliveira e tudo o que fosse música de intervenção;
a voz fantástica que ela tinha e que me habituei a ouvir desde pequena – tinha um talento natural e sempre que podia cantar em público e havia alguém com uma guitarra, lá cantava ela, com a voz a pender para o fado.
São apenas algumas coisas, mas são coisas boas demais para ficar guardadas. E não foi fácil fazê-lo durante um ano.
E por vezes o tempo não dá tréguas… A semana passada morreu o meu avô materno. Obviamente, não foi um choque, mas foi difícil. Por tudo o que se passou anteriormente, por ter sido no mesmo mês e por ter sido quase determinado pelo que aconteceu antes. Coincidências, ironias… O funeral da minha mãe foi no dia anterior aos anos do meu avô – que pai passa por isto incólume? O que é certo é que tal provação num homem saudável até então acordou uma doença que, segundo os médicos, já lá estava, mas adormecida. E o determinou o desfecho. Sabem, gosto da ideia de que ele morreu de amor, à semelhança do que aconteceu com o poeta Drummond de Andrade que morreu pouco depois da morte da filha. E, perdoem-me o tom negro, foi o único a ter coragem de fazer o que muita gente na família faria se pudesse…
Fico com uma óptima lembrança do meu avô, de quem muito gostava: lembro-me com muito carinho de quando era pequena e ele me ensinou a fazer moreias com as canas do milho depois de apanhado, ficando o campo enorme cheio do que pareciam ser pequenas tendas de índios; lembro-me de ter aprendido a jogar à sueca com ele (e que bem que ele jogava); e ficará para sempre a pequena mitologia familiar que ele criou à sua volta – acreditava, há anos, que iria morrer em Agosto e, por isso, sempre que passava esse mês, ele ficava descansado pois tinha imunidade para mais um ano. E, ano após ano, toda a família brincava com isso, mas no fundo todos nós acreditávamos um pouco nessa verdade criada por ele. É pena que não se tenha cumprido…
Enfim, isto não serve para me lamuriar, nem nada que se pareça. Queria apenas partilhar com alguém estas pessoas e não mantê-las guardadas dentro de mim. Não é justo para mim, nem para elas. O povo gosta de dizer que as coisas más têm sempre um lado bom, um ensinamento. Ainda gostava que alguém me explicasse o que de bom se tira da morte de boas pessoas… Como diz Lobo Antunes, "a morte é uma puta". O máximo que se pode fazer é dar mais importância às pessoas do que à morte. E fazê-las sobreviver à morte, e não enterrá-las com ela, é um bom princípio.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
"Oh, look at all the lonely people..."
(É uma das minhas músicas preferidas dos Beatles. E sei que é a tua, Curufinwë.)
The Beatles - "Eleanor Rigby"
Eleanor Rigby
Ah, look at all the lonely people
Ah, look at all the lonely people
Eleanor Rigby picks up the rice in the church where her wedding has been
Lives in a dream
Waits at the window, wearing the face that she keeps in a jar by the door
Who is it for?
All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?
Father Mackenzie writing the words of a sermon that no one will hear
No one comes near.
Look at him working. Darning his socks in the night when there's nobody there
What does he care?
All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?
Eleanor Rigby died in the church and was buried along with her name
Nobody came
Father Mackenzie wiping the death from his hands as he walks from the grave
No one was saved
All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?
Tim e Alice
Novo trailer de The Spirit
The Spirit - Frank Miller
Novo trailer de The Curious Case of Benjamin Button
The Curious Case of Benjamin Button - David Fincher
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Falar p'ro boneco! # 2
Spawn, the Black Knight, produzido para a linha Spawn Series 26: The Art of Spawn, de 2004, pela McFarlane Toys e baseado numa das capas da série de BD, Spawn - The Dark Ages.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Falar p'ro boneco! # 1
O nome da personagem é Tyr (Dragon Rider) e pertence a uma nova linha de figuras, intitulada McFarlane's Fantasy: Legend of the Bladehunters, produzida (obviamente) pela McFarlane Toys.
Fonte da Juventude
Primeiro consegui, para a PSP, a versão "recauchutada" (embora seja possível jogar todos os cenários originais) do fantástico Lemmings. Quem o conhece sabe, perfeitamente, quão viciante este jogo se pode tornar; os que o desconhecem, dificilmente seriam convencidos pelo que pudesse escrever aqui, já que a adição resulta, nitidamente, de uma memória de infância (ou talvez não...) - digamos, simplesmente, que é do tipo "quebra-cabeças em plataformas". Ai, que saudades tenho do Commodore!
Depois, tive a felicidade de descobrir, numa edição de 2 DVD, a série de animação completa The Mighty Thor, dos anos 60/70 (não me recordo exactamente da década e sou preguiçoso demais para pesquisar). Se tiverem presente a série Captain America, da mesma época e do mesmo tipo, percebem que uso o termo "animação" livremente, uma vez que cada episódio era mais uma sucessão de pin-ups do que, propriamente, desenhos animados. No entanto, foi essa sua característica extremamente vanguardista, que me permitiu retê-la para sempre na memória, mesmo sendo, na altura, muito jovem.
Posso garantir-vos que, nostalgias à parte, nesta semana rejuvenesci mais de 20 anos...
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Vídeos com História # 2
O vídeo desta música foi realizado pelo talentosíssimo Michel Gondry (The Eternal Sunshine of the Spotless Mind, Be Kind, Rewind). A história é mais ou menos esta: dois assaltantes (Pat Smear e Nate Mendel) dirigem-se a uma casa com o intuito de a assaltar. Lá dentro, no quarto, marido (Dave Grohl) e mulher (Taylor Hawkins) dormem. Ambos estão a sonhar e, apesar de serem sonhos independentes, quer um quer outro entram no sonho de um e de outro. No sonho de ambos, estão também presentes dois vilões. A certa altura, os sonhos misturam-se passam a fazer parte um do outro e ambos se misturam com a realidade. Pelo meio, ainda nos deparamos com referências a Sid Vicious e Nancy Spugen e com óbvias influências a The Evil Dead.
O que é curioso é que, inicialmente, Gondry teve imensos problemas na gravação deste vídeo e foi bastante difícil convencer a banda a realizá-lo por diferentes motivos:
1. Pat Smear (um dos ladrões) estava preocupado com o impacto negativo que a sua imagem podia ter junto dos fãs por representar um vilão;
2. Hawkins não achava grande piada ao facto de ter de representar uma donzela em perigo;
3.nenhum dos elementos da banda queria passar uma imagem sexista para os fãs;
4. e finamente, a impossibilidade de Gondry colocar uma mulher na cama com Grohl – a sua namorada na época era tão ciumenta, que não permitiu que Grohl partilhasse a cama com outra mulher, mesmo sendo apenas para a gravação do vídeo (!).
Enfim, eram queixas atrás de queixas! Mas o mais curioso é que apesar de todas as restrições e apesar de parecer que Gondry estava perante um grupo de meninos de coro exigentes, o que é certo é que este vídeo contribuiu bastante para cimentar a imagem que a banda tem hoje junto dos seus seguidores e que é, ao que parece, a mais justa: a de um grupo de tipos porreiros, divertidos e sem receio de parecerem ridículos. Eles sempre lá estiveram… Coube a Gondry a tarefa de os tornar públicos.
"Everlong" - Foo Fighters (Realizado por Michel Gondry)
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
As novas tecnologias e Os Contemporâneos
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
O Espelho Atormentado de Russell Edson
Uma vez mais deparamo-nos com uma obra de difícil catalogação em termos formais: são poemas, são fábulas, são pequenas histórias? Ao que parece , trata-se de poemas em prosa, o que, diga-se de passagem, muito tem contribuído para a marginalização desta obra por parte dos académicos americanos (ai, os cânones, os cânones…). No entanto, e com toda a justiça, não é este preconceito académico que impede Russell Edson de ser reconhecido como um dos mais importantes autores de poesia em prosa norte-americanos.
Mas a originalidade não se limita ao plano formal; em termos de conteúdo, vamo-nos apercebendo que tudo é possível. Uma vez mais, deparamo-nos com histórias bizarras, repletas de humor e nonsense, umas com finais absurdos outras com finais absurdamente lógicos, numa osmose perfeita entre realidade e sonho e surrealidade.
O livro lê-se de uma acentada e se é certo que na maior parte das vezes os textos nos remetem para realidades efabuladas e inesperadas, outras há em que nos fazem reflectir sobre a absurda e óbvia simplicidade do que nos é dado a ler, como este excerto do poema "A Casa Assombrada":
“A morte chegou trazendo consigo a vida. Foram amantes desde o início. Alimentaram-se uma à outra. A vida deu de comer à morte, mas a morte também alimentou a vida. Era um hábito, não podiam viver uma sem a outra.
Deus disse, haja vida, mas que a morte seja a sua guardiã…”
EDSON, Russell – O Espelho Atormentado. Entroncamento: OVNI, 2008. Pág. 15.
Mentes brilhantes – versão por extenso # 3
– O metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre e para o cálculo dar certo arredondaram a Terra!
– O cérebro humano tem dois lados, um para vigiar o outro.
– O cérebro tem uma capacidade tão grande que hoje em dia, praticamente, toda a gente tem um.
– Quando o olho vê, não sabe o que está a ver, então ele amanda uma foto eléctrica para o cérebro que lhe explica o que está a ver.
– O nosso sangue divide-se em glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e até verdes!
– Nas olimpíadas a competição é tanta que só cinco atletas chegam entre os dez primeiros.
– O piloto que atravessa a barreira do som nem percebe, porque não ouve mais nada.
– O teste do carbono 14 permite-nos saber se antigamente alguém morreu.
– Antes mesmo da guerra a Mercedes já fabricava Volkswagen.
– O pai de D. Pedro II era D. Pedro I, e de D. Pedro I era D. Pedro 0.
– Nos aviões, os passageiros da primeira classe sofrem menos acidentes que os da classe económica.
– O índice de fecundidade deve ser igual a 2 para garantir a reprodução das espécies, pois precisa-se de um macho e uma fêmea para fazer o bebé. Podem até ser 3 ou 4, mas chegam 2.
– O homossexualismo, ao contrário do que todos imaginam, não é uma doença, mas ninguém quer tê-la.
– Em 2020 a caixa de previdência já não tem dinheiro para pagar aos reformados, graças à quantidade de velhos que não querem morrer.
– O verme conhecido como solitária é um molusco que mora no interior, mas que está muito sozinho.
– Na 2.ª Guerra Mundial toda a Europa foi vítima da barbie (queria dizer, decerto, barbárie) nasista.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Publicidade - Aqui sim! # 4
A II Guerra Mundial em força no cinema
Good (Realizado pelo austríaco Vicente Amorim, com argumento de John Wrathall, baseado numa peça de C.P. Taylor. Viggo Mortensen é o protagonista e estreia em 2009.)
Defiance (Realizado por Edward Zwick - O Último Samurai, Diamante de Sangue - com argumento de Clayton Frohman, baseado no livro Defiance, de Nechama Tec. Daniel Craig é o protagonista e estreia nos E.U.A. em Dezembro deste ano.)
Valkyrie (Realizado por Bryan Singer - os filmes dos X-Men, Os Suspeitos do Costume - com argumento de Christopher McQuarrie e Nathan Alexander. Tom Cruise é o protagonista e estreia nos E.U.A. em Fevereiro de 2009.)
Miracle at St. Anna (Realizado por Spike Lee - Malcom X - com argumento baseado no romance de James MacBride. Estreia nos E.U.A. este mês.)
The Boy in the Striped Pajamas (Realizado por Mark Herman, com argumento baseado no livro de John Boyne com o mesmo nome. Estreia nos E.U.A. em Novembro.)
Inglorious Bastards - Realizado por Quentin Tarantino. Ainda não há trailer disponível, mas o elenco já revelado é de peso: Brad Pitt, Mike Myers, B. J. Novak, Samm Levine, Diane Kruger, Eli Roth...
Bom! Resta-nos esperar!
Capitão América ou Afro-américa?
Sob pena de ter de me retratar mais tarde, prefiro não tecer, nesta altura, qualquer tipo de comentário (embora muito me apeteça!) e aguardar por uma informação oficial.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Publicidade - Aqui sim! # 3
A BMW foi quem começou, provocando a AUDI com este anúncio:
A Audi, como seria de esperar, resolveu ripostar e fê-lo com este anúncio:
A Subaru, que nada tinha a ver com isto, resolveu meter-se ao barulho:
E, finalmente, a Bentley decidiu pôr fim à contenda com uma imagem que vale mais do que mil palavras:
Pensamentos descartáveis
Tenho mais fruta na casa de banho do que na cozinha!
"I still like my penis!"
Claro que, por esta altura, grande parte dos hóspedes do nosso humilde estabelecimento já estão bastante familiarizados com o clip em questão. Mas há sempre quem não conheça...
Rodney Carrington - "Dear Penis"
Oddest Jobs
À semelhança dos 2 últimos (e contrariamente aos primeiros, por serem romances), este volume compreende um conjunto de contos, escritos por vários nomes do "Fantástico" e organizados por Christopher Golden, baseados, imperativamente, no universo de Hellboy e do B.P.R.D. (Bureau for Paranormal Research and Defense).
Como já vem sendo apanágio do projecto, a edição encontra-se profusamente ilustrada, a preto e branco, pelo próprio Mike Mignola - motivo que, aliado à longa ausência de Mignola da parte gráfica dos comics (continua, no entanto, a escrever argumentos), justificaria, por si só, a sua aquisição.
Se gostam do género, recomendo a sua leitura. Deixo, também, para quem tiver curiosidade, os títulos dos volumes (independentes entre si) anteriores: The Lost Army, The Bones of Giants, Odd Jobs e Odder Jobs.
Nota: não confundam os filmes com a personagem; a banda desenhada e os livros são, definitivamente, mais sérios, mais credíveis e, até mesmo, mais dignos.
domingo, 31 de agosto de 2008
Dead Space
A história (muito pouco original, mas o meu amor incondicional por ficção científica impregna-me de uma atracção sobrenatural por este tipo de temática!) acompanha uma colónia mineira que, nos seus trabalhos em pleno espaço, extrai da rocha uma forma de vida alienígena, milenar e maldita!
De salientar, no entanto, que o motivo principal pelo qual refiro esta banda desenhada se prende com o facto de a ilustração (acompanhada pelo argumento de Antony Johnston) estar a cargo de Ben Templesmith - o mesmo de Hellspawn (ver ao lado), Fell e do, infinitamente mais conhecido, 30 Days of Night. Tendo em conta os projectos a que Templesmith costuma estar associado e o seu estilo "visceral", o mote de série será, invariavelmente, o terror gore.
Apesar de já não ser possível acompanhar os fascículos (também os perdi!), estará para breve o inevitável (e sempre mais proveitoso) trade paperback.
"What a load of crap!"
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Publicidade - Aqui sim! # 2
Vídeos com História # 1
O vídeo é, para mim, extraordinário! Foi realizado por Tarsem Singh (sim, o mesmo do indescritível filme The Fall) cuja ideia era fazer algo com um estilo semelhante ao dos filmes indianos, com uma atmosfera um pouco melodramática e onírica. O vídeo está povoado de imagética religiosa, destacando-se a figura da São Sebastião e de várias divindades hindus. O conceito do qual partiu o vídeo é baseado no conto de Gabriel Garcia Marquez, Um Senhor Muito Velho Com Umas Asas Enormes, que narra a história de um anjo caído dos Céus e que é explorado pelos Homens que o exibem por dinheiro. Tarsem inspirou-se também nos quadros de Caravaggio, no que toca aos contrastes de luminosidade que vemos no vídeo, e na arte soviética.
Ainda hoje, fico impressionada ao vê-lo. E, devo dizer, em jeito de confissão, que no início da minha adolescência achava a dança descoordenadamente coordenada de Michael Stipe extremamente atractiva. (Enfim, era uma miúda, mas já na altura me deslumbrava mais pelas características artísticas e criativas do sexo oposto, do que pelas características “abdominais” e “bicepais”!)
O vídeo foi nomeado para 9 categorias nos MTV Video Music Awards em 1991 e ganhou 6 (Video of the Year, Best Group Video, Breakthrough Video, Best Art Direction, Best Direction, and Best Editing).
"Losing My Religion" - R.E.M. (Realizado por Tarsem Singh)
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Geek's Paradise... Parte 4
Para meu espanto, apenas uma pequena percentagem dos visitantes usava óculos muito graduados, vestia-se como se ainda fosse a mãe a escolher o seu guarda-roupa e tinha cabelo a escorrer óleo. Mas isso não é necessariamente uma coisa boa. Basta olhar para estas figurinhas aqui em baixo. Bom mesmo é para gajos com máquinas fotográficas, como eu...
Eu espero que eles tenham uma boa razão para andar assim vestidos!
É claro que nem todos eram assim. E uma percentagem significativa dos visitantes até parecia ter uma vida social normal e não sair de casa só à noite ou de 3 em 3 meses. Vejam lá, até havia lá bastantes garotas (e jeitosas!).
A feira estava também populada por gente que fazia figura de parvo, mas que recebia dinheiro para isso. Do mal o menos, certo?
O Duke Nukem também lá estava e mandou abraços para todos. E um "tirinho" ou outro!
Não sei de onde saiu este, mas tinha pinta!
OK, OK... Este último não tem ninguém dentro da fatiota,
mas serve para aqui aparecer na mesma!
E para finalizar, a coisa que em segundo lugar chama a atenção dos geeks. As booth-babes! Essas figuras míticas que habitam neste tipo de eventos e que representam a possibilidade única na vida destes geeks de abraçar uma mulher e ainda melhor, ser apanhado em fotos com ela. Também as havia para todos os gostos. Deste a next-door girl (mas casualmente vestidas com uma mini-saia ou calçõezinhos, como manda a regra) até a madames que pareciam ter saído do strip-joint mais próximo (e não me espantava muito se tivesse razão)!
Pode não parecer, mas era para mim que elas estavam a dizer: "Adeus e até para o ano!"
Isto de estar sempre de pé e looking pretty tem muito de cansativo.
Intercâmbio cultural. A menina das corridos é amiga da ultra-guerreira de Marte!
Não sei o que elas estavam a tentar camuflar. Eu encontrei-as facilmente!
A mentalidade ecológica das alemãs vê-se em todo lado.
Até para o trabalho viajam juntos e poupam "gota".
Além das personagens virtuais havia algumas como esta,
das quais só 80% é que é verdadeiro e o resto é artificial...
Pronto! Já esgotei o tema, até ao próximo ano. Espero que não tenha sido muito maçador para V. Exas. As minhas desculpas em particular para a nossa amiga Soneca, mas eu sei que ela tem um grande coração e que me perdoa. Ela já sabe que é demasiado tarde para nós mudarmos...
Geek's Paradise... Parte 3
É difícil saber por onde começar, tanto que é o material que nos assalta os sentidos na Games Convention. Foi bom ver uma demonstração em palco de Fable 2, embora tenha ficado desiludido com a falta de comparência de Peter Molineux (lendário criador de jogos), como estava anunciado no programa, na sessão a que assisti. Se calhar escolhi o dia errado para comparecer.
Estranhei a ausência da nVidia na exposição (embora me possa ter escapado de vista, mas parece-me que não estavam lá mesmo), principalmente tendo em conta que a Intel e AMD/ATI estavam em todo lado, não só em expositores próprios, mas também associados a produtores de outro hardware ou mesmo jogos.
Outro destaque vai para a diversidade de oferta, não só dentro da indústria dos jogos mas também nos mercados "paralelos", tais como tradecard games, indústria automóvel ou todo o tipo de merchandising associado.
Mas bom, bom mesmo, foram os meus dois destaques seguintes:
- Starcraft II, numa demo jogável pelo público, na qual não pude participar devido às enormes filas de espera para experimentar o jogo. Lindo, lindo! Apesar de não haver data oficial para o lançamento do jogo, a presença de uma demo jogável pelo mais comum dos mortais, indicia boas coisas. Infelizmente, nada de Diablo 3. Tendo em conta que o anúncio foi feito recentemente e que a BlizzCon está para breve, é de esperar que eles tenham guardado este trunfo para o seu próprio evento.
- Fallout 3, numa demonstração cheia de estilo, feita dentro de uma Vault (com os assistentes vestidos a rigor, como Vault-dwellers, e memorabilia como telefones antigos e contadores geiger), na qual foi possível assistir a cerca de 15/20 minutos de jogo, apresentado por um membro da Bethesda Europe. A Bethesda parace ter em mãos mais um êxito. Só foi pena a demonstração ser orientada para o combate e não ser possível assistir a cut-scenes ou diálogos, mas o que deu para ver deixou-me com a certeza de que este é um jogo a ter e que possivelmente é um bom sucessor para as duas primeiras partes da série, apesar da mudança no estilo de jogo. O sistema de combate V.A.T.S. que permite fazer uma pausa na acção (que é em 1.ª ou 3.ª pessoa) e usar action points para fazer tiro ao alvo nos nossos oponentes é muito interessante e parece bem aplicado, sendo assim um sucessor à altura do combate por turnos dos outros dois jogos. Os cenários parecem grandiosos e fieis ao que uma grande cidade devastada por um ataque nuclear deve parecer. A partir de finais de Outubro, lá vou eu dar uma corridinha até uma loja ;-)