
Terminei de ler mais um título da
Saída de Emergência,
Clube Arcanum, de Thomas Wheeler.

Displicentemente catalogado pelo mundo editorial como
thriller, daquela estirpe inaugurada por Dan Brown e o seu
Código Da Vinci, aproxima-se muito mais do género fantástico (ou, até mesmo, do Terror) do que daquele, salvaguardando, no entanto, o já clássico, saturante e monótono motivo do "segredo apócrifo do passado (desta feita, o
Livro de Enoque - profeta bisavô de Noé), revelado no presente, com terríveis consequências para o futuro".

Embora temática e estilisticamente não seja uma obra-prima, e muito menos obrigatória, vai, com certeza, agradar-vos e divertir-vos se, como eu, forem ávidos "consumidores" de leitura, já que, de outra forma, não vos enriquecerá cultural ou literariamente. Devo, não obstante, referir que o último quarto do livro imprime um tal ritmo à narrativa, que é difícil resistir a voltar uma e mais outra página, até ao seu desfecho.
No entanto, a razão por que deixo aqui este
post prende-se, fundamentalmente, com dois pontos:
1.º - o facto das personagens principais terem sido reais -
Sir Arthur Conan Doyle (criador de Sherlock Holmes),
Harry Houdini (famoso escapista),
H. P. Lovecraft (escritor
pulp, de culto),
Marie Laveau (Raínha Vudu, a qual, confesso, não conhecia) e, até mesmo,
Aleister Crowley (do grupo ocultista "Aurora Dourada");
2.º - a sociedade secreta, da qual o livro extrai o seu título, remete, automaticamente, para duas das mais interessante e bem escritas bandas desenhadas, da última década -
B.P.R.D. (
Bureau for Paranormal Research and Defense), de Mike Mignola, e
League of Extraordinary Gentlemen, de Alan Moore, ambos grupos de investigação e intervenção que lidam com eventos e indivíduos à margem daquilo que é, vulgarmente, considerado normal ou natural.
De qualquer forma, se não ficaram, minimamente, interessados com o pouco que vos revelo, é provável, que este não seja, compreensivelmente, o vosso género e, dificilmente,
Clube Arcanum ficaria na vossa memória, mesmo que o lêssem.
1 comentário:
Não li, mas conheço bem o livro. Já o vi lá por casa ;)!
Acho interessante o facto de ter como personagens pessoas que realmente existiram. A mim agrada-me!
Pena que o livro não acrescente muito... De qualquer forma, se remete, seja lá como for, para o Mignola e para o Alan Moore, já vale a pena.
Fico à espera do próximo comentário literário.
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